O segmento de data centers já depositou 9 GW em pedidos para acesso à rede básica até 2035. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), são 22 projetos nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia.
Em maio deste ano, havia 12 solicitações deste tipo, com demanda máxima de 2,5 GW até 2037. Assim, o setor apresentou crescimento de 3,6 vezes num intervalo de apenas quatro meses.
Em setembro, a Scala Data Centers anunciou projeto no Rio Grande do Sul que terá demanda inicial de 54 MW, com potencial de chegar a 4.750 MW quando estiver plenamente desenvolvido. No mesmo dia, a AWS, braço de computação em nuvem da Amazon, anunciou que vai investir R$ 10,1 bilhões (cerca de US$ 1,8 bilhão) no Brasil até 2034 para expandir, construir, conectar, operar e manter data centers no país. Em agosto, o Porto do Açu assinou acordo para estudo sobre a implementação de data centers de até 1 GW no Rio de Janeiro.
O MME e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) realizam estudos para atender o crescimento da demanda para os próximos anos. No início deste ano, a EPE realizou estudo para expansão da transmissão no centro e parte da região metropolitana de São Paulo, que estimava que apenas novos projetos de data centers teriam carga potencial de 1,5 GW.
Ainda para 2024, a programação de estudos de transmissão da EPE prevê a emissão de novos relatórios que devem mostrar expansões adicionais que possibilitem a conexão de volumes maiores de demanda nas regiões candidatas a receber os projetos.
Como estão as demandas de acesso por data centers
Segundo o MME, metade dos processos para acesso à Rede Básica de Data Centers do Sistema Interligado Nacional (SIN) já receberam portarias. Entre os pedidos já analisados e atendidos, estão os projetos Data Center Aurea 02, no município de Santana de Parnaíba, em São Paulo, e Data Center Pecém II, em Caucaia, no Ceará.
As outras solicitações de acesso à rede básica ainda tramitam em etapas intermediárias de estudo e análise, em que é avaliado o ponto ótimo de conexão na rede com base em critérios técnicos e econômicos, segundo o MME.