A Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia (Abrace) declarou que a indústria apoia as medidas anunciadas pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em pronunciamento na noite de segunda-feira, 28 de junho. No entanto, a associação enfatiza que essa disposição deve ser voluntária, considerando as particularidades de cada indústria.
As medidas anunciadas em cadeia nacional de televisão, tratou medidas dispostas na Medida Provisória nº 1.055, publicada em edição extra do Diário Oficial da União também na segunda, o que a Abrace também entende ser um importante sinal para o país sair da crise hídrica.
“A adoção de uma gestão centralizada, ágil e com articulação é fundamental para sairmos da crise, mesmo considerando que o Brasil tem hoje recursos energéticos adequados para lidar com a situação”, indica a Abrace em posicionamento divulgado nesta terça-feira, 29 de junho.
Mesmo assim, a associação acredita que além das medidas anunciadas, outras são necessárias, de forma excepcional, para preservação dos reservatórios no momento, para garantir segurança, inclusive jurídica, aos que operam as usinas e seus reservatórios.
Além disso, para a indústria, a maneira mais eficiente de lidar com a situação está na correção de distorções do sinal de preço, que contribuíram para o esvaziamento dos reservatórios, e em sinais econômicos corretos, para que todos os consumidores possam participar das soluções para resolver esse problema, que é da sociedade brasileira, ampliando os efeitos e minimizando os impactos para todos.
Os consumidores industriais têm estabelecido um diálogo técnico com o governo e com as instituições do setor, e que tem sido acompanhado pelo União pela Energia, grupo que congrega 45 organizações do setor produtivo.
“São movimentos como esse, com diálogo, transparência e agilidade, que farão o setor elétrico brasileiro mais moderno, competitivo e pronto para vencer desafios como o que vivemos agora”, diz trecho final do comunicado da associação.