A demanda de energia no Brasil alcançou 68,3 mil MW médios em setembro, o que representa aumento de 6,2% em relação ao mesmo mês de 2022 – maior alta registrada no ano. O principal motivo para a alta foi a onda de calor que atravessou o país no último mês e provocou maior uso de aparelhos de ar-condicionado. Os dados são do Boletim InfoMercado Quinzenal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
O mercado regulado consumiu 43 mil MW médios, o que representou aumento de 8,2% no consumo em relação a setembro de 2022. No mercado livre, foram consumidos 25,2 mil MW médios. Segundo a CCEE, o uso intenso de ar-condicionado em lojas e supermercados também teve impacto entre os grandes consumidores de energia.
Os setores de comércio e serviços tiveram a maior alta em relação a setembro de 2022, com consumo 15,1% e 11,6% maior, respectivamente. Reduções foram observadas nos segmentos de fabricação de veículos (-6,3%) e indústria têxtil (-3,5%).
Os estados com maior crescimento na demanda de energia foram Maranhão (21,8%), Rio de Janeiro (18,6%) e Acre (18,3%). No mês, todos os estados conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN) tiveram aumento na demanda, exceto o Rio Grande do Norte, que reduziu 2,1% em relação a 2022.
Em setembro, as hidrelétricas produziram 46 mil MW médios para o SIN, 5,2% mais energia que no mesmo período do ano passado. Em contrapartida, as termelétricas entregaram 9 mil MW médios para a rede, volume 3,3% menor no comparativo anual. As usinas solares geraram 2,8 mil MW médios, avanço de 57%, enquanto as eólicas tiveram um leve aumento de 0,1%, gerando 13 mil MW médios.