Marco legal

PL da reforma do setor será 'um norte' do que deve ser feito, diz Gentil Nogueira

PL da reforma do setor será 'um norte' do que deve ser feito, diz Gentil Nogueira

O projeto de lei (PL) da reforma do setor, em elaboração pelo Ministério de Minas e Energia (MME), vai ser um “direcionamento” com os principais pontos a serem discutidos, mas a ideia é que durante a tramitação no Congresso mais questões venham à tona, disse Gentil Nogueira, secretário de Energia Elétrica da pasta, durante participação no Fórum Brasileiro de Líderes em Energia.

“Estamos em um transatlântico, então não é no dia seguinte que tudo vai mudar. A ideia é dar norte para as discussões, dar direcionamento, e mostrar que temos que avançar não só com o PL que a gente vai propor para tornar o setor um pouco mais eficiente, tirar ineficiências”, disse o secretário do MME.

Na tramitação no Congresso, haverá espaço para que a sociedade peça mudanças. “A ideia não é colocar 100% do que achamos adequado, é colocar os pontos principais”, disse Nogueira.

Ontem, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, prometeu mais uma vez o envio da reforma do setor ao Congresso, e afirmou que entre as medidas propostas estão a abertura do mercado livre para todos os consumidores, uma mudança no modelo da autoprodução, e a ampliação do benefício da tarifa social para consumidores de baixa renda.

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Para Fernando Mosna, diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), ainda que a fala de Gentil tinha ajudado a esclarecer a reforma do setor prometida por Silveira, só será possível analisar os impactos quando o texto estiver de fato tramitando.

“Acredito que quanto antes abrirmos [o mercado], melhor. Como será o supridor de última instância? Isso não depende de conversarmos, tem que ter um texto pronto para que possamos, efetivamente, ter a possibilidade de discutir”, disse Mosna.