Para cumprir meta de CO2, EDP pode reduzir participação ou vincular hidrogênio na UTE Pecém

Natália Bezutti

Autor

Natália Bezutti

Publicado

27/Abr/2021 12:43 BRT

A termelétrica Porto Pecém I (720 MW) opera com carvão mineral e é um desafio para a EDP Brasil em seu processo de descarbonização e cumprimento das metas de ser totalmente “verde” até 2030. O desafio, segundo a empresa, parte da importância da térmica que está localizada no Ceará para o suprimento do Nordeste, além de suas vantagens operacionais, como o segundo menor Custo Variável Unitário (CVU) entre as térmicas do país, participação significativa no Ebitda de geração da companhia, e contrato de operação até 2043.

Para equacionar as metas de descarbonização e manter a geração de caixa e os contratos, a EDP Brasil está idealizando duas estratégias, como apontou o vice-presidente de Geração e Comercialização da empresa, Luiz Otavio Assis Henriques, durante apresentação à analistas na última segunda-feira, 26 de abril.

“A descarbonização pode se pensar em duas etapas: (a EDP Brasil) diminui a sua participação dentro do todo, desconsolida, e tem menos participação de carbono. O segundo, um crescimento no hidrogênio verde, dentro da planta de Pecém, numa primeira perspectiva”, disse Henriques, destacando que o caminho a ser seguido ainda não está definido.

Sobre Pecém

Segundo a EDP Brasil cerca de 30% do orçamento da termelétrica foi investido em equipamentos de controle ambiental, gerando uma redução das emissões de resíduos do processo de produção energética.

A usina é composta por duas caldeiras, além de duas unidades turbo-geradoras. O carvão mineral utilizado é importado de países como Colômbia, Estados Unidos, China e Japão e levado à usina por meio de uma correia transportadora, instalada do Porto do Pecém, com extensão aproximada de 12,5 km.