Chanceler alemão apoia construção de novo gasoduto na Europa

Poliana Souto

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Poliana Souto

Publicado

12/Ago/2022 17:00 BRT

O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse que apoia a ideia de um novo gasoduto ligando Portugal e Espanha à Europa Central via França. Segundo ele, caso tal gasoduto já existisse, teria sido de “enorme contribuição para aliviar a situação de escassez de gás”, diminuindo a dependência do país do combustível da Rússia, que vem reduzindo seu fornecimento para países que impuseram sanções contra Moscou por conta da invasão à Ucrânia.

Durante coletiva em Berlim, nesta quinta-feira, 11 de agosto, Scholz afirmou que discutiu a ideia com os líderes da Espanha, França, Portugal e com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Além disso, acrescentou que também deveria existir outras conexões entre o norte da África e a Europa “ajudando a diversificar nosso suprimento [de energia]”.

Entretanto, no momento, esses projetos não estão no atual escopo da Alemanha, que tem corrido para encontrar fontes alternativas de gás para passar pelo inverno. Na coletiva, Scholz citou diversas medidas do governo para garantir suprimentos alternativos de energia. Entre elas, o chanceler disse que existe a possibilidade de estender a vida útil das três ultimas usinas nucleares do país até o fim do ano e a reativação de usinas a petróleo e carvão - que deverão ser atualizadas para entrar em operação a “qualquer momento”.

“Estamos examinando se faz sentido e se é necessário deixar às três usinas nucleares existentes funcionarem um pouco mais. Isso será determinado em breve assim que as investigações forem concluídas”, afirmou.

Por fim, o chanceler disse “estar confiante” de que a Alemanha conseguirá preencher o déficit no fornecimento de gás da Rússia com o terminal de gás natural liquefeito localizado em Brunsbütte, que está sendo construído e deve iniciar operação no início do próximo ano. 

“Estaremos em uma situação onde pode ser caro obter gás, devido ao estado do mercado global, mas sempre teremos o suficiente”, acrescentou.