A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) confirmou hoje que o custo final da “Conta-Covid” será de até CDI mais 3,9%, e vai contar com 20 bancos públicos e privados.
A taxa de juros foi fixada em CDI mais 2,9%, mas o custo final estimado chega a CDI mais 3,9% por conta do fee incluído na conta, que tem um cálculo diferente.
Ontem, a MegaWhat antecipou que a taxa final ficaria em torno de CDI mais 4%, custo considerado competitivo pelos bancos devido à conjuntura atual, com crise generalizada em todos os setores e no mundo todo, pelos efeitos da pandemia do covid-19. Quando a reportagem foi publicada, o governo ainda negociava com os bancos um “ajuste fino” no custo, que foi a redução da taxa final para 3,9%,
O custo médio da Conta-ACR, captada entre 2014 e 2015, foi de CDI mais 2,75%, próxima da taxa de 2,9% desta nova operação . Interlocutores próximos das negociações explicam que o cenário era outro, o Brasil tinha grau de investimento e a crise ainda era restrita ao setor elétrico brasileiro. Na época, foram três tranches. A primeira, de R$ 11,2 bilhões, teve custo de CDI + 2,525%. A segunda, de R$ 6,57 bilhões, teve custo de CDI + 2,9%. A última tranche, de R$ 3,98 bilhões, saiu por CDI + 3,15%.
Considerando os fees, as três tranches tiveram custo final de, respectivamente, 3,1%, 3,4% e 3,7%, segundo o MME.
Em nota, o presidente do conselho da CCEE, Rui Altieri, explicou que, definidas as condições, as intenções de adesão das distribuidoras serão acompanhadas de perto. “Teremos até o final desta semana para que as empresas possam aderir à medida, de forma que possamos ter os primeiros repasses ainda em julho.”
Atualizada às 9h30 do dia 03/07/2020