A tarifa de repasse de potência contratada da hidrelétrica de Itaipu para 2022 foi aprovada em caráter provisório pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em reunião extraordinária realizada pela diretoria nesta quinta-feira, 23 de dezembro. O valor passou de US$ 28,7 kW/mês para US$ 24,73 kW/mês (-11,89%), que deverá ter um impacto médio negativo de 1,28% nos reajustes tarifários das distribuidoras de energia em 2022.
O caráter provisório deve-se a não deliberação do Conselho Administração de Itaipu Binacional sobre o valor a ser considerado das despesas de exploração, que teve uma redução da ordem de U$ 46 milhões. Uma nova reunião do conselho está prevista para ocorrer em 23 de fevereiro 2022.
Até lá, quando será passível de revisão, o custo unitário dos serviços de eletricidade (Cuse) foi considerado em U$ 18,97 kW/mês, uma redução de 16,1% em relação ao valor de 2021 em função da redução considerada no serviço da dívida, de cerca de U$ 600 milhões. A Cuse tem a maior participação na tarifa (76,71%).
Quanto ao custo da remuneração pela energia cedida pelo Paraguai ao Brasil, de 26.350 GWh, valorado em dólar, a remuneração por cessão por energia foi de US$ 275.334.507,63, para uma potência anual contratada pela Eletrobras em 123.900.000 kW, resultando em um custo unitário dos encargos variáveis de US$ 2,22/kW. Neste caso, houve aumento de 4,8% em relação ao ano anterior, e gerando um impacto na tarifa de 8,88%.
Também compõe a tarifa de potência o saldo da conta de comercialização de Itaipu – quando negativo, é incorporado à tarifa de repasse, quando positivo, pode ser revertido como bônus para as distribuidoras ou para a modicidade tarifária. No cálculo apresentado pela agência houve saldo positivo em 2021, no total de R$ 371.555.860.