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MME culpa privatizações de Temer e Bolsonaro por falta de energia em São Paulo

O Ministério de Minas e Energia (MME) enviou nota à imprensa nesta terça-feira, 7 de novembro, afirmando que "as privatizações promovidas de maneira negligente com o setor elétrico brasileiro" nos governos de Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2022, e Michel Temer, entre 2016 e 2018, trouxeram o Brasil a "este cenário" da falta de energia registrada em São Paulo depois das fortes chuvas do dia 3 de novembro. Segundo a nota, o ministro da pasta, Alexandre Silveira, disse que "o que colhemos hoje é fruto de uma política irresponsável e equivocada com os brasileiros".

MME culpa privatizações de Temer e Bolsonaro por falta de energia em São Paulo

O Ministério de Minas e Energia (MME) enviou nota à imprensa nesta terça-feira, 7 de novembro, afirmando que “as privatizações promovidas de maneira negligente com o setor elétrico brasileiro” nos governos de Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2022, e Michel Temer, entre 2016 e 2018, trouxeram o Brasil a “este cenário” da falta de energia registrada em São Paulo depois das fortes chuvas do dia 3 de novembro.

Segundo a nota, o ministro da pasta, Alexandre Silveira, disse que “o que colhemos hoje é fruto de uma política irresponsável e equivocada com os brasileiros”.

A MegaWhat perguntou ao ministério a quais privatizações a nota se referia, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.

No período dos governos citados, a Cesp, dona de ativos de geração hidrelétrica, foi privatizada pelo governo de São Paulo, assim como a Eletrobras foi vendida pela União, mas a empresa também não tinha ativos de distribuição de energia, e sim geração e transmissão. A italiana Enel adquiriu da americana AES a concessão de distribuição de energia da região metropolitana de São Paulo – AES Eletropaulo – em 2018, que já havia sido privatizada entre 1998 e 1999, quando atendia por Eletropaulo.

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No comunicado enviado à imprensa, o MME disse que uma sala de situação foi implementada em 3 de novembro para acompanhar os efeitos do temporal, com o objetivo de restabelecer o fornecimento de energia no estado. “Numa ação coordenada, os serviços essenciais foram priorizados. Destaca-se que mais de 300 escolas no estado de São Paulo tiveram o fornecimento de energia normalizado até domingo passado, viabilizando a realização do 100% do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)”, diz a nota.

A nota foi direcionada a uma reportagem da Folha de S. Paulo, chamada de “injusta” e “com total desconhecimento dos fatos do setor elétrico brasileiro”. O jornal publicou hoje uma longa reportagem explicando que a concessão de distribuição de energia é da União, e não do estado de São Paulo, apesar de muitos consumidores estarem destinando suas reclamações ao governo estadual e à prefeitura da capital do estado. 

A liderança do MME na atuação para normalizar a situação em São Paulo também foi destacada por Sandoval Feitosa, diretor-geral da Aneel, em fala na abertura da reunião ordinária da diretoria da agência desta terça-feira, quando contou que na última sexta-feira, assim que as autoridades foram informadas sobre “o cenário caótico e desafiador”, o ministro Silveira solicitou a mobilização de todos os esforços possíveis para recomposição do sistema, com foco em setores essenciais e nas escolas que receberiam as provas do Enem.

Na ocasião, Sandoval disse ainda que vai se reunir com deputados da bancada da Câmara dos Deputados de São Paulo para falar sobre a situação no estado, e prometeu agendar para a próxima semana uma reunião com prefeitos da Região Metropolitana de São Paul. Esses prefeitos estiveram ontem na reunião da qual Sandoval Feitosa participou na sede do governo estadual de São Paulo, mas não houve tempo para que fossem atendidos antes do retorno do diretor-geral da Aneel a Brasília para outros compromissos.

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