Eólica offshore, hidrogênio verde e aquecimento são os primeiros financiamentos do RePowerEU

Poliana Souto

Autor

Poliana Souto

Publicado

01/Set/2022 17:53 BRT

Desde o início da guerra na Ucrânia, a União Europeia (UE) tem tentado eliminar, gradualmente, a dependência de combustíveis fósseis russos. Em maio, a Comissão Europeia apresentou um plano de ação denominado RePowerEU para acabar com a utilização até 2027, parte desse programa entrou em ação nesta quarta-feira, 30 de agosto.

No centro do plano está o Mecanismo de Interligação da Europa (CEF) que consiste na implementação de uma cooperação entre países da UE e não-membros por meio de financiamento privado. O objetivo do CEF é o desenvolvimento e exploração rentável de fontes de energia renováveis, além de projetos de armazenamento de energia e instalações de produção de hidrogênio. O pacto entre os países também define a descarbonização do bloco até 2050.

Nesse primeiro momento, três projetos que envolvem sete países da União Europeia são elegíveis para o apoio financeiro da comissão e iniciarão o CEF, sendo eles: um parque eólico offshore híbrido entre a Estônia e a Letônia; uma rede de aquecimento urbano entre a Alemanha e a Polônia; e para produção de eletricidade na Itália, Espanha e Alemanha e da conversão, transporte e uso de hidrogênio verde na Holanda e na Alemanha.

“Os três projetos selecionados hoje são apenas o começo: estamos acelerando a implantação de energia renovável em toda a UE e avançando para uma abordagem mais colaborativa ao fazê-lo. Todo o potencial de transição verde e descarbonização da UE só pode ser realizado por esforços conjuntos em todos os setores, tecnologias e regiões”, afirma Kadri Simon, comissária de Energia da UE.

Outros dois projetos foram selecionados para estudos preparatórios para ingressarem no CEF. O primeiro envolve a viabilidade de um fornecimento de aquecimento transfronteiriço por meio do fornecimento de energia residual, de usinas geotérmicas e bioenergéticas entre o sul da Alemanha e a Áustria.

Já a segunda análise envolve o desenvolvimento, construção e operação de até 2 GW de parques eólicos offshore entre a Estônia e a Letônia até 2030.