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CEO da Aeris defende incentivos ao setor eólico para incentivar exportação

A falta de incentivos no Brasil no setor eólico, combinado à possibilidade de PLD mais baixo por um período prolongado, devido ao aumento das chuvas, e outros fatores macroeconômicos devem reduzir a competitividade da indústria eólica no país. A avaliação é de Alexandre Negrão, CEO da fabricante de pás Aeris Energy, que defende a volta de incentivos para aumentar a competitividade de exportações do segmento para outros países.

CEO da Aeris defende incentivos ao setor eólico para incentivar exportação

A falta de incentivos no Brasil no setor eólico, combinado à possibilidade de PLD mais baixo por um período prolongado, devido ao aumento das chuvas, e outros fatores macroeconômicos devem reduzir a competitividade da indústria eólica no país. A avaliação é de Alexandre Negrão, CEO da fabricante de pás Aeris Energy, que defende a volta de incentivos para aumentar a competitividade de exportações do segmento para outros países.

Citando o PLD baixo e a retirada gradual de descontos nas tarifas fio para as renováveis, o executivo afirma que o setor eólico brasileiro pode sentir uma “queda brutal” de demanda, que deve ser agravada pelo cenário econômico ainda “nebuloso” e pela alta taxa de juros. 

>> Limitação de potência e transmissão também influenciaram no aumento do PLD

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A título de comparação, o CEO da Aeris apresentou um gráfico sobre o setor eólico norte-americano ao longo dos últimos anos. Conforme os dados informados, os Estados Unidos estava instalado, em média, 7 GW de eólicas por ano, até que em 2020 tiveram um pico 17 GW com o final de um dos incentivos vigentes, caindo posteriormente para a mesma capacidade dos anos anteriores. 

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De acordo com o Negrão, o volume de eólicas no país tem voltado a crescer após o estabelecimento do regime do Inflation Reduction Act (IRA), levando o país a projetar um aumento na capacidade instalada da fonte em torno de 25 GW em 2030, ainda abaixo dos 80 GW programados para o período para o cumprimento das metas de emissão neutras previstas no Acordo de Paris.  

“Mesmo com incentivo, o GAP é muito longe entre aquilo que precisa ser instalado e para aquilo que vai ser. Olhando para o Brasil, temos um cenário parecido neste sentido, porém é um pouco mais preocupante”, disse Negrão durante participação em um dos painéis do Fiec Summit 2023.  

Na visão do executivo, com incentivos, o Brasil pode atender a demanda do mercado norte-americano, que conta, atualmente, com uma capacidade produtiva entre 4 GW a 5 GW para atender um mercado interno que vai chegar aos 25 GW. O Brasil, por sua vez, tem uma capacidade produtiva de 8 GW para um mercado de cerca de 4 GW anuais em projetos, de acordo com ele.

Para solucionar esta questão, Alexandre Negrão sugere que incentivos para o setor sejam pensados e cita o retorno de subsídios passados, como, por exemplo, um dos pacotes relacionados à exportação entre 2018 e 2019, que tornava o transporte de materiais da cadeia “mais barato”, fazendo com que as empresas, como a Aeris, chegassem nos EUA mais competitivas.

“A gente precisa solucionar isso. A gente precisa voltar com os pacotes de incentivos tanto para importação quanto para exportação. Antes, tínhamos pacotes de incentivos que ajudavam o mercado. Como vamos fomentar nossa indústria e voltar a ser competitivos para exportação novamente?”, finaliza Negrão.

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