A indisponibilidade de duas unidades geradoras da hidrelétrica Tucuruí, somando 740 MW, somada à redução dos limites de transmissão em todas as linhas da rede Norte / Nordeste / Centro-Oeste e parada para manutenção em Angra 2 (1.350 MW) podem ajudar a elevar o piso regulatório do Preço da Liquidação das Diferenças (PLD) nos próximos dias, disse Luiz Augusto Barroso, diretor-presidente da PSR, em entrevista à MegaWhat.
Depois de mais de um ano no piso regulatório, R$ 69,04/MWh, o PLD alcançou o pico de R$ 232,45/MWh às 18h30 desta terça-feira, 26 de setembro, retornando ao piso antes do fim do dia, finalizando o período com um preço médio diário de R$ 102,71/MW. Nesta quarta, o preço médio diário deve ficar em R$ 185,18/MWh, atingindo pico de R$ 349,58/MWh e fechando o dia em R$ 292,6/MWh.
Na visão de Barroso, caso este cenário siga nos próximos dias, será necessário analisar quais fatores, além dos citados acima, podem ou não contribuir para elevação do preço, podendo, por exemplo, envolver um possível sinal econômico brasileiro e fatores conjunturais, como alta demanda e redução da geração eólica e solar.
Apesar da mudança de patamar repentina ter gerado um “estresse” no primeiro momento, o diretor-presidente da PSR avalia que o cenário será positivo para os geradores, que estão produzindo no momento do pico e podem capturar um preço maior. Além disso, destaca que essa oscilação reflete o PLD cumprindo o seu papel.
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