Eucatex e Grandfood compram participação em usina solar da Comerc e garantem autoprodução

Poliana Souto

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Poliana Souto

Publicado

27/Dez/2022 18:26 BRT

A Comerc fechou contratos de compra de energia elétrica de longo prazo (PPA, na sigla em inglês) com a Eucatex e a Grandfood, dona da Premier Pet, em um negócio que envolveu a entrada das consumidoras como sócias da usina solar Castilho, de 269 MWp, no regime de autoprodução.

A geradora, que também é sócia da MegaWhat, informou que o complexo no interior de São Paulo recebeu R$ 925 milhões em investimentos nas suas cinco unidades de geração, que estão em operação em teste atualmente. Deste total, R$ 500 milhões correspondem às três unidades de geração que vão atender os dois clientes. No caso da empresa de alimentos para pets, 100% da demanda será suprida, enquanto a empresa de construção vai ter 50% da energia consumida vinda do empreendimento.

A Eucatex publicou um fato relevante na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que regula o mercado de capitais, em que explicou que o contrato prevê a aquisição de 64,8% das ações ordinárias da geradora solar fotovoltaica Castilho l. A unidade em questão tem 50 MW de potência.

Em outro comunicado ao mercado divulgado nesta segunda-feira, 26 de dezembro, a Comerc informou que iniciou a operação em teste do complexo solar Castilho, antecipando o prazo de energização em três meses. A autorização foi publicada no Diário Oficial da União no dia 15 de dezembro.  

Segundo a Comerc, ao todo, o complexo evitará a emissão de 235 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera por ano. Deste total, a parceria com Eucatex e Grandfood deve colaborar para redução da emissão de 120 mil toneladas, equivalente à absorção de COrealizada por 840 mil árvores durante 30 anos. 

Na modalidade de autoprodução por equiparação, caso dos dois contratos assinados pela Comerc, o consumidor se torna sócio do gerador nos empreendimentos, e garante, com isso, a não incidência de encargos setoriais de responsabilidade do consumidor relativa à energia autoproduzida, como a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), Conta Proinfa e outros encargos, de forma proporcional à participação acionária com direito a voto (ações ordinárias) do consumidor na geradora. O mecanismo é uma alternativa para viabilizar projetos de geração renovável com preço mais competitivo da energia elétrica.

A Comerc Renew, braço de geração do Grupo Comerc, prevê alcançar 1,8 GWp de capacidade instalada até o início de 2024.