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Lucro da EDP cresce 45,2% no 2º tri, mas alta em despesas gerenciáveis decepciona

Lucro da EDP cresce 45,2% no 2º tri, mas alta em despesas gerenciáveis decepciona

A EDP Brasil teve lucro líquido de R$ 344,5 milhões no segundo trimestre deste ano, aumento de 45,2% na comparação com o resultado do mesmo intervalo do ano passado, de R$ 237,3 milhões.

A receita operacional líquida da companhia subiu 30,6%, para R$ 3,4 bilhões, sendo que a receita com construção da infraestrutura, do segmento de transmissão, avançou 40,5%, para R$ 538,7 milhões.

Entre os segmentos de atuação da companhia, tiveram destaque as receitas com geração termelétrica (alta de 62,8%), distribuição (crescimento de 42,1%) e transmissão (aumento de 46,4%). No lucro, o maior crescimento se deu em distribuição, de 73%, para R$ 118,7 milhões, devido aos reajustes ocorridos na EDP Espírito Santo e EDP São Paulo, devido ao maior efeito de IGP-M naquele momento, e do crescimento de mercado de energia distribuída em 16%.

O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) subiu 36,3%, para R$ 799,2 milhões. As provisões para crédito de liquidação duvidosa caíram 14% no trimestre, para R$ 34 milhões.

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O resultado de participações societárias da companhia subiu 26,3%, para R$ 52,9 milhões, devido ao melhor resultado da Celesc, cujo resultado proporcional na EDP subiu 63,1%, para R$ 59,5 milhões.

Segundo o Credit Suisse, os resultados regulatórios da EDP Brasil vieram mais fracos que o esperado, devido ao aumento das despesas gerenciáveis e aos resultados piores que o previsto no segmento de geração e comercialização de energia. Os resultados foram afetados positivamente pela contabilização dos ativos de transmissão, seguindo as regras contábeis internacionais (IFRS) e pelo aumento do volume em distribuição.

Em relatório, os analistas Carolina Carneiro e Rafael Nagano do Credit Suisse destacaram que os custos e despesas subiram 29,9% no trimestre, devido aos maiores custos de compra de energia e de transmissão e maiores custos de compra de combustível para Pecem. A linha de pessoal, materiais, serviços e outros (PMSO) subiu 13%, devido à retomada das atividades da companhia deste ano. 

O Itaú BBA também considerou os resultados piores que o esperado, por conta das despesas gerenciáveis mais altas. O Ebitda veio acima do que o banco esperava, mas, ajustado para efeitos não recorrentes, ele seria menor que o estimado pelo banco, de acordo com relatório assinado pelos analistas Marcelo Sá, Matheus Saliba e Luiza Candiota.