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EDP Brasil registra queda de 71% em lucro líquido no 2T23

A EDP Brasil teve lucro líquido de R$ 222,7 milhões no segundo trimestre deste ano, revertendo lucro líquido de R$ 381,1 milhões da mesma fase do ano passado.  Segundo a companhia, o resultado foi impactado pela reclassificação de todos os ativos e passivos de Pecém como Ativo não circulante mantido para venda.  De acordo com as regras de mercado, para fins de registro contábil, deve-se mensurar os ativos mantidos para venda pelo resultado entre o seu valor contábil e o valor justo menos despesas de venda. Essa reclassificação teve um valor total de R$ 577,2 milhões.

EDP Brasil registra queda de 71% em lucro líquido no 2T23

A EDP Brasil teve lucro líquido de R$ 222,7 milhões no segundo trimestre deste ano, revertendo lucro líquido de R$ 381,1 milhões da mesma fase do ano passado. 

Segundo a companhia, o resultado foi impactado pela reclassificação de todos os ativos e passivos de Pecém como Ativo não circulante mantido para venda.  De acordo com as regras de mercado, para fins de registro contábil, deve-se mensurar os ativos mantidos para venda pelo resultado entre o seu valor contábil e o valor justo menos despesas de venda. Essa reclassificação teve um valor total de R$ 577,2 milhões.

Além disso, a retração refletiu  o aumento de 11,2% no resultado financeiro negativo, a R$ 370,6 milhões, na mesma comparação. Segundo a companhia, o impacto é decorrente de redução na despesa financeira devido a menores encargos de dívidas sobre debêntures. Esse efeito é resultado da variação do IPCA acumulado no período, sendo 0,76% no segundo trimestre de 2023, e 2,22% no mesmo período do ano anterior. 

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A receita operacional líquida caiu 1,1%, a R$ 3,5 bilhões, e os gastos não gerenciáveis cresceram 2,8%, a R$ 2 bilhões. 

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O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) reduziu 8,6%, a R$ 1,1 bilhão. Já o Ebitda ajustado recorrente, que não considera os resultados das participações societárias, também apresentou queda de 1,5% no período, chegando aos R$ 929,3 milhões. 

A EDP Brasil finalizou o trimestre com dívida bruta de R$ 12,4 bilhões, queda de 13% na mesma comparação, desconsiderando as dívidas dos ativos não consolidados – que representaram R$ 1,2 bilhão. Não houveram captações de recursos no período. 

Já os investimentos da empresa atingiram R$ 585,6 milhões, um aumento de 10,7% em relação ao período homólogo e o maior investimento desde que entrou no Brasil, há 27 anos. O crescimento se deu, principalmente, no segmento de solar, que registrou 48% mais aportes que no segundo trimestre de 2022 devido à expansão de projetos de geração distribuída.

Na distribuição os investimentos também cresceram, com aumento de 14%, com foco na expansão do sistema elétrico da EDP Espírito Santo e no combate às perdas na EDP São Paulo. 

Em junho deste ano, a EDP comunicou ao mercado que realizou o registo de sua oferta pública de ações (OPA). Com a realização da oferta, a empresa obteve o cancelamento do registro de companhia aberta na categoria A e a conversão para categoria B, deixando o Novo Mercado, segmento de governança mais alta da B3. 

Segundo a companhia, a OPA faz parte da estratégia para acelerar e reforçar a sua posição no Brasil, “uma vez que os ativos da companhia possuem alto valor agregado e estratégico ao negócio, e traduz-se como uma aposta neste mercado, além de demonstrar a confiança da EDP na economia brasileira, em suas instituições e no ambiente regulatório estável e estruturado do país.

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