O governo brasileiro deverá apresentar oportunidades de investimentos em longo prazo no setor nuclear do país, na conferência-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que ocorrerá na próxima semana, em Viena, na Áustria. Entre as oportunidades estão a esperada licitação para a conclusão da montagem da usina nuclear de Angra 3 (RJ) e a previsão de acréscimo de 8 gigawatts (GW) a 10 GW de capacidade instalada geração de energia nuclear até 2050, incluída no Plano Nacional de Energia (PNE) 2050.
A comitiva oficial brasileira contará com as participações do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e do presidente da Eletronuclear, Leonam Guimarães, que embarcam hoje com destino ao país europeu. Em Viena, os dois deverão participar de reunião com o diretor-geral da AIEA, o argentino Rafael Grossi, e executivos de companhias públicas e privadas do setor nuclear.
A 65ª conferência-geral da AIEA será realizada entre os dias 20 e 24 de setembro. Além do ministro e do presidente da Eletronuclear, também estão previstas as participações de representantes das Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e da Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep).
Há pelos menos dois temas relevantes a serem tratados na conferência. O primeiro é a tratativa em curso pela Austrália, Reino Unido e Estados Unidos para aquisição pela Austrália de um submarino de propulsão nuclear para a marinha daquele país. O tema demanda atenção devido ao objetivo de manutenção de não proliferação nuclear da Austrália.
O segundo tema é com relação ao desenvolvimento de hidrogênio a partir da energia nuclear. A indústria nuclear busca formas de avançar com a tecnologia, considerando que a produção nuclear não emite gases de efeito estufa.
(foto: Divulgação Eletronuclear)