O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que a subestação Nova Santa Rita, localizada na região metropolitana de Porto Alegre, precisou ser totalmente desligada, por razões de segurança devido ao forte nível das chuvas na região. Essa é a segunda vez em seis meses que a subestação da Eletrosul alaga e precisa ser desligada. Em novembro de 2023, as instalações foram tomadas pela inundação causada pelas chuvas, evento que se repetiu em grande intensidade nos últimos dias.
Além de desligar totalmente a subestação, o ONS cancelou todas as intervenções previstas para esta quinta-feira, 2 de maio, que afetassem o abastecimento de energia no Rio Grande do Sul, e pediu o retorno de todos os equipamentos sob intervenção que afetam o estado.
Em caso de perdas adicionais, o ONS alertou para a possibilidade de corte de carga, mas afirmou que a expectativa é que isso não ocorra devido às medidas já implementadas, que estão garantindo o regime normal de operação.
“As equipes do ONS estão, em conjunto com os agentes, monitorando a situação para determinar o religamento da SE Nova Santa Rita com segurança, quando houver condições para isso”, diz a nota do operador.
Hidrelétricas em alerta
O ONS segue avaliando ainda a operação das usinas do Rio Grande do Sul. No rio Jacuí, foi preciso ampliar a geração da hidrelétrica de Dona Francisca, depois que houve grande elevação do nível dos reservatórios, colocando a barragem em risco. Nesta quinta-feira, o nível da água cedeu e a barragem não corre mais risco.
Outros reservatórios na bacia do Jacuí tiveram elevação significativa, como de Passo Real, onde é esperada uma chuva forte nas próximas horas, reforçando a necessidade de aumentar a defluência do reservatório.
A bacia do Taquari-Antas também teve aumento significativo das afluências, e deslizamentos nas estradas impedem o acesso às hidrelétricas de Castro Alves, Monte Claro e 14 de Julho, que estão isoladas e dependentes de operação local, segundo a Ceran, a Companhia Energética Rio das Antas.
A situação mais crítica foi na usina 14 de Julho, onde foram acionadas sirenes de evacuação devido à dificuldade de monitoramento retomo, por conta da interrupção da comunicação causada pelas chuvas, e os acessos físicos à barragem total totalmente interrompidos. A barragem permanece e emergência.
O operador tem conduzido reuniões com os agentes afetados e monitorado a situação desde o início das chuvas. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) também monitora a situação das barragens e instalações afetadas, em contato com as defesas civis do estado e dos municípios.
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