Novos projetos, principalmente os ligados à produção de hidrogênio verde (H2V) e à amônia verde na região Nordeste, serão fundamentais para reconfiguração do sistema de transmissão do Brasil, segundo o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa.
Em conversa com jornalistas antes do segundo leilão de transmissão do ano, desta vez destinado à contratação de apenas três lotes, mas que somam R$ 21,7 bilhões em investimentos, Feitosa destacou que existem alguns projetos em estudo atualmente nos estados da Paraíba e no Piauí que podem ser “a pedra fundamental da maior usina de hidrogênio verde do Brasil e do mundo” . Como os ativos licitados hoje vão reforçar o escoamento das energias renováveis do Nordeste à carga no Sudeste, o leilão é essencial nessa nova fronteira da tecnológica que o país ainda deve explorar.
Questionado sobre a competição no leilão de hoje, Feitosa disse que a disputa será intensiva em capital, mesmo com seus poucos lotes, já que os ativos usam a tecnologia de transmissão em corrente contínua (HVDC, na sigla em inglês).
Em relação aos participantes, Feitosa destaca que a tecnologia do certame exige grande especialização e capacidade financeira dos participantes.
“Então, o que eu posso dizer é que se haverá competição em todos os lotes, todos os participantes são participantes de primeira linha, teremos participantes nacionais, participantes estrangeiros, asiáticos e europeus. Então, temos a convicção de que o leilão será um leilão também de sucesso”, finalizou.