Óleo e Gás

Silveira diz que desenvolvimento da política do gás 'é obsessão' da pasta e critica reinjeção

O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, criticou o que chamou de “desdém” da Petrobras na política de reinjeção do gás natural para aumentar a produção do petróleo. Segundo ele, não se trata de uma crítica, mas de uma constatação e que ainda “não conseguiram” explicar. “A política do gás é uma obsessão para nós, porque o nosso objetivo é combater a desigualdade, gerar emprego e renda e, consequentemente, precisamos ter uma política muito firme e com proposito para servir a nação brasileira”, falou Alexandre Silveira.

Silveira diz que desenvolvimento da política do gás 'é obsessão' da pasta e critica reinjeção

O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, criticou o que chamou de “desdém” da Petrobras na política de reinjeção do gás natural para aumentar a produção do petróleo. Segundo ele, não se trata de uma crítica, mas de uma constatação e que ainda “não conseguiram” explicar.

“A política do gás é uma obsessão para nós, porque o nosso objetivo é combater a desigualdade, gerar emprego e renda e, consequentemente, precisamos ter uma política muito firme e com proposito para servir a nação brasileira”, falou Alexandre Silveira.

Para exemplificar a crítica, Silveira destacou que o Brasil reinjeta 44,6% da sua produção de gás natural para impulsionar a produção do petróleo, enquanto os Estados Unidos reinjetam destinam12,5%, a África 23,9% e a Europa 24,7%.

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“O governo é controlador e, portanto, ela [Petrobras] tem que cumprir seu papel além de empresa de capital aberto. Ela também tem que cumprir o seu papel social e que está na constituição e nas leis das estatais. Por isso, estamos dialogando permanentemente para que a política de reinjeção”, falou o ministro.

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A crítica se estendeu a governos anteriores com destaques para a rota 3, ainda não finalizada, o sucateamento de unidades de processamento de gás natural (UPGNs) e que poderiam aumentar a produção.

Em diversas reportagens nesta semana, o ministro de Minas e Energia havia criticado a empresa e sua política do gás natural. Em evento no Rio Grande do Norte, Jean Paul Prates, presidente da estatal, disse que a vocação brasileira é para o petróleo, não para o gás natural.

“Está em voga agora discutir a questão do gás. Nós temos gás para mercado em geral, temos uma produção de gás regular, mas nosso país não é gasífero, é um país petrolífero. Nosso gás é associado. A gente vai precisar de ajuda, num futuro, mais no médio e longo prazo, e o hidrogênio é uma das opções muito importante para industrialização, transporte e para a produção de energia”, disse Jean Paul.

O ministro Alexandre Silveira participou de evento do grupo Esfera Brasil, no Rio de Janeiro. Dividindo o painel, o governador Cláudio Castro.

Castro, por sua vez, disse que o Rio de Janeiro demanda do governo federal infraestrutura e um ajuste na dívida fiscal.

“Se o governo federal puder fazer por nós, que ele faça infraestrutura e que nos dê uma condição competitiva, sobretudo na perspectiva que o Rio colaborar para o Brasil, já que 20% da arrecadação federal vem do Rio, 85% do petróleo é no Rio, e 73% do gás é no estado. Duvido que alguém aqui imagine o estado do Texas quebrado. O Rio de Janeira representa para o Brasil mais do que o Texas para os Estados unidos”, falou o governador