O volume de financiamento para geração de energia solar no Brasil chegou aos R$ 35,1 bilhões em 2022, alta de 79% em relação ao ano anterior. O dado, da consultoria Clean Energy Latin America (Cela), foi divulgado nesta terça-feira, 4 de abril.
Para realizar o levantamento, a Cela considerou os dados de crédito destinados aos projetos de usinas centralizadas e os sistemas solares de geração distribuída oferecidos pelas principais instituições financeiras brasileiras, entre públicas, privadas, cooperativas de crédito e fintechs.
Dos R$ 35,1 bilhões em financiamentos, cerca de R$ 13,7 bilhões foram aplicados em usinas de geração centralizada, crescimento de 105% em comparação ao exercício anterior.
Já os financiamentos para sistemas de geração distribuída subiram 34% em 2022, com R$ 11,9 bilhões aplicados no ano, enquanto as usinas solares remotas de geração distribuída (geração compartilhada e autoconsumo remoto) tiveram recursos de R$ 9,3 bilhões, alta de 134% na mesma comparação.
Conforme a Cela, este é o quarto ano consecutivo que o país bate recorde de créditos destinados à geração de energia solar.
“O volume de financiamento aumentou bastante, devido ao forte crescimento das novas instalações de energia solar no Brasil. No caso da geração própria de energia solar (GD), o crescimento foi puxado pela Lei 14.300 e a corrida para se enquadrarem no chamado ‘direito adquirido’, já que, a partir deste ano, há perda de componentes tarifários que podem ser compensados”, afirma Camila Ramos, CEO da Cela.
Em relação à geração solar centralizada, Ramos avalia que o setor foi impulsionado pelos contratos no mercado livre e a corrida para se manter com benefício de desconto de 50% da TUSD. Tal crescimento ocorreu no segmento, apesar do aumento das taxas de juros no País, fazendo que o financiamento seja mais caro em 2022 comparado com 2021.
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