Neoenergia vence Cemig no viva-voz e leva Lote 4 em leilão de transmissão

A Neoenergia levou o Lote 4 no leilão de transmissão realizado hoje pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), ao oferecer uma receita anual permitida (RAP) de R$ 37,1 milhões, deságio de 58,63% em relação ao valor máximo estabelecido no edital, de R$ 89,67 milhões.

Inicialmente, a Neoenergia propôs uma RAP de R$ 38,5 milhões, deságio de R$ 57,06%, e a Cemig propôs receita anual de R$ 40,309 milhões, deságio de R$ 55,05%. Como as propostas tinham diferença inferior a 5%, elas foram para o pregão viva-voz. Após quatro rodadas, a Cemig desistiu, e a Neoenergia saiu vencedora.

Também fizeram propostas as empresas:

Taesa – R$ 41,59 milhões, deságio de R$ 53,6%

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Cteep – R$ 44,218 milhões, deságio de R$ 50,69%

Consórcio Lobo-Guará – R$ 45,5 milhões, deságio de 49,26

Cobra – R$ 48,870 milhões, deságio de 45,5%

Rialma – R$ 51,9 milhões, deságio de 42,12%

EDP Brasil – R$ 52,3 milhões, deságio de 41,68%

FIP Energia Central – R$ 53 milhões, deságio de 40,89%

Consórcio Olympus Xi – R$ 56,49 milhõs, deságio de 37%

Consórcio Engie Brasil Transmissão – R$ 57,4 milhões, deságio de 35,99%

O Lote 4 contém a instalação de três compensadores síncronos em uma subestação em Ibiraci, Minas Gerais, com o objetivo de prover maior controlabilidade da tensão local, além de proporcionar maior confiabilidade e flexibilidade operativa no sistema, em cenários críticos de elevada importação de energia pela região Sudeste, além de garantir o controle de tensão do sistema de São Paulo.

O prazo para construção é de 48 meses e estima-se a criação de 1.652 empregos diretos. O investimento estimado é de R$ 660,9 milhões.

No total, o leilão compreende cinco lotes, envolvendo R$ 2,9 bilhões em investimentos e receita anual permitida (RAP) máxima de R$ 406 milhões.

Os lotes envolvem 902 km em linhas de transmissão e 750 MVA em capacidade de transformação, e ficam localizados nos estados Amapá, Bahia, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Os prazos de entrada em operação variam de 36 a 60 meses, e a Aneel estima que serão criados 6.607 empregos durante a construção dos empreendimentos.