Leilões

Leilão de transmissão contrata R$ 2,9 bi em investimentos e tem deságio médio de 50,2%

Leilão de transmissão contrata R$ 2,9 bi em investimentos e tem deságio médio de 50,2%

O governo realizou nessa sexta-feira, 17 de dezembro, o segundo leilão de transmissão de 2021, com a oferta de cinco lotes, envolvendo R$ 2,9 bilhões em investimentos. A receita anual permitida (RAP)  total dos cinco projetos licitados somou R$ 201,59 milhões, representando um deságio médio de 50,22% em comparação com a receita máxima estabelecida pelo edital, de R$ 406 milhões.

Houve disputa no pregão viva-voz em três dos cinco lotes, demonstrando a forte competição no segmento.

Confira os resultados de cada lote:

Lote 1 – Vencedora: Taesa

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RAP ofertada: R$ 129,9 milhões, deságio de 47,76%

Lote 2 – Vencedora: Sterlite

RAP ofertada: R$ 7,093 milhões, deságio de 66,09%



Lote 3 – Vencedor: Grupo Rialma

RAP ofertada: R$ 17,1 milhões, deságio de R$ 27,8%

Lote 4 – Vencedora: Neoenergia

RAP ofertada: R$ 37,1 milhões, deságio de 58,63%

Lote 5 – Vencedora: Energisa

RAP ofertada: R$ 11,3 milhões, deságio de 48,68%

Para mais detalhes sobre a disputa de cada lote, clique nos links das matérias.

Contexto

Os lotes envolvem 902 km em linhas de transmissão e 750 MVA em capacidade de transformação, e ficam localizados nos estados Amapá, Bahia, Minas Gerais, Paraná e São Paulo.

O Lote 1 envolve uma linha de transmissão entre Paraná e São Paulo, com 726 km de extensão, e tem a finalidade de fazer obras estruturantes para o sistema elétrico que supre a região metropolitana de Curitiba. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estima que serão criados 3.500 empregos diretos nas obras, que terão prazo de 60 meses.

O investimento projetado para o Lote 1 é de R$ 1,75 bilhão, e a RAP máxima é de R$ 248,6 milhões.

O Lote 2 contém uma subestação de 450 MVA em Olindina, na Bahia, a fim de expandir o sistema de transmissão da região do Nordeste Baiano. O prazo de construção de 36 meses e devem ser gerados 507 empregos. Os investimentos projetados são de R$ 152,1 milhões, e a RAP máxima é de R$ 20,9 milhões.

O Lote 3 envolve uma linha de transmissão de 166 km por três municípios na Bahia, Barreiras, Correntina e São Desidério, e tem como finalidade o fornecimento de energia elétrica para região oeste da Bahia. O prazo de construção é de 42 meses, e estima-se a criação de 487 empregos. Os investimentos projetados são da ordem de R$ 170,66 milhões, e a RAP máxima é de R$ 23,7 milhões.

O Lote 4 contém a instalação de três compensadores síncronos em uma subestação em Ibiraci, Minas Gerais, com o objetivo de prover maior controlabilidade da tensão local, além de proporcionar maior confiabilidade e flexibilidade operativa no sistema, em cenários críticos de elevada importação de energia pela região Sudeste, além de garantir o controle de tensão do sistema de São Paulo.

O prazo para construção é de 48 meses e estima-se a criação de 1.652 empregos diretos. O investimento estimado é de R$ 660,9 milhões, e a RAP máxima é de R$ 89,67 milhões.

O Lote 5 envolve uma linha de transmissão de 10 km e a adição de uma subestação em Macapá, capital do Amapá, como parte da solução estrutural para atendimento elétrico da região e aumento da confiabilidade no atendimento às cargas. O prazo de construção é de 42 meses, com geração de 461 empregos diretos. O investimento é estimado em 161,6 milhões, e a RAP máxima é de R$ 22 milhões. 

(Ultima atualização às 17h35)