A Taesa informou as autoridades de uma “tentativa de ato de sabotagem” em uma torre de transmissão localizada em Rio das Pedras, interior de São Paulo, na linha Assis-Sumaré. A torre não chegou a cair, e não se sabe quando aconteceu a tentativa de sabotagem, que foi detectada na tarde de ontem, 12 de janeiro, pela vistoria realizada pela transmissora.
“Registramos claras evidências de tentativa criminosa de derrubada da torre ao retirar várias peças de sustentação da sua estutura”, diz o comunicado feito pela companhia ao gabinete de crise instaurado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
A transmissora está atuando no local na recomposição das treliças, para evitar maiores danos.
Em nota, a Aneel informou que tem conhecimento do fato, que foi reportado ao MME e às autoridades de segurança. “Antecipadamente, as avarias foram identificadas após a determinação da Aneel de reforço na segurança das instalações alinhada à rotina definida pelo MME”, diz a agência.
O reforço na segurança foi determinado pela criação do Gabinete de Acompanhamento da Situação do Setor Elétrico Brasileiro, com a finalidade de receber e processar informações referentes a tentativas ou atos de vandalismo, tanto sob aspecto de integridade física quanto cibernética das instalações do sistema.
O gabinete foi instaurado depois que foram descobertas três torres de transmissão derrubadas, duas em Rondônia e uma no Paraná, na madrugada de segunda-feira, 9 de janeiro, logo depois dos atos de vandalismo que resultaram na invasão violenta das sedes dos Três Poderes, em Brasília. Há suspeita de conexão desses atos com o movimento contrário ao resultado das eleições de 2022.
Mesmo com os relatos, as transmissoras precisam ainda comprovar que houve sabotagem e que não havia nada a ser feito para se precaver. Caso contrário, o prejuízo causado pelos incidentes será arcado pelas empresas, que serão ainda sancionadas com perda de receita.