A 3R Petroleum e a PetroReconcavo vão estudar o compartilhamento da infraestrutura de escoamento, compressão, medição e processamento de gás natural na Bacia Potiguar. Haverá exclusividade de 90 dias entre as empresas para análise da viabilidade técnica e econômica da parceria. As empresas comunicaram ao mercado a assinatura do memorando de entendimento (MoU, na sigla em inglês) nesta segunda-feira, 8 de julho.
No comunicado, a PetroReconcavo destacou que possíveis benefícios da parceria podem ser melhorias no planejamento de investimentos e na eficiência operacional das empresas, com otimização de custos das infraestruturas de midstream de gás na Bacia Potiguar.
A integração de atividades na Bacia Potiguar era uma das principais vantagens da possível combinação de negócios entre as empresas, que começou a ser estudada em janeiro e foi interrompida após oferta da Enauta para fusão com a 3R Petroleum – esta fusão foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A PetroReconcavo já utiliza as instalações da unidade de processamento de gás natural (UPGN) Guamaré, operada pela 3R Petroleum. Em maio, o diretor financeiro da 3R Petroleum, Rodrigo Pizarro, avaliou que havia “sinergia completa” com a PetroReconcavo em relação à UPGN, e adiantou que as empresas já estudavam parceria no ativo “independente de ações de fusões e aquisições com terceiros”.
Para a PetroReconcavo, a parceria pode significar mais controle e previsibilidade sobre a UPGN que processa parte do seu gás. No segundo semestre de 2023, houve restrições na produção da PetroReconcavo em função de paradas da UPGN Guamaré. A situação levou a companhia a estudar planos alternativos de escoamento de sua produção, que incluem transporte rodoviário. A PetroReconcavo também iniciou estudos de viabilidade para a produção de uma unidade de processamento de gás própria no Rio Grande do Norte, mas avaliava que um acordo de longo prazo com a 3R para utilização da UPGN Guamaré seria mais interessante.