Óleo e Gás

Alta do petróleo, vendas de combustíveis e desinvestimentos devem impulsionar resultado da Petrobras no 2º Tri

(Com Camila Maia) O preço elevado do petróleo, o aumento da receita de vendas de derivados e a entrada de caixa com a venda de ativos devem impulsionar o resultado da Petrobras no segundo trimestre deste ano, previsto para ser divulgado nesta quinta-feira, 28 de julho, após o fechamento do mercado. De acordo com analistas consultados pela MegaWhat, o lucro da petroleira no período deverá ficar entre R$ 39,87 bilhões e R$ 45,5 bilhões. No segundo trimestre do ano passado, a companhia apurou lucro de R$ 42,8 bilhões.

Alta do petróleo, vendas de combustíveis e desinvestimentos devem impulsionar resultado da Petrobras no 2º Tri

(Com Camila Maia)

O preço elevado do petróleo, o aumento da receita de vendas de derivados e a entrada de caixa com a venda de ativos devem impulsionar o resultado da Petrobras no segundo trimestre deste ano, previsto para ser divulgado nesta quinta-feira, 28 de julho, após o fechamento do mercado. De acordo com analistas consultados pela MegaWhat, o lucro da petroleira no período deverá ficar entre R$ 39,87 bilhões e R$ 45,5 bilhões. No segundo trimestre do ano passado, a companhia apurou lucro de R$ 42,8 bilhões.

Segundo o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), o resultado da Petrobras – o primeiro a ser anunciado na gestão Caio Paes de Andrade mas que foi construído ao longo das gestões de José Mauro Coelho e do general Joaquim Silva e Luna – ainda pode ser bem maior, dependendo de como serão os impactos de efeitos não recorrentes, principalmente de desinvestimentos.

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Entre esses lançamentos não recorrentes, o Ineep destaca o recebimento da última parcela da venda de 90% das ações da Petrobras na Nova Transportadora do Sudeste (NTS) (R$ 4,6 bilhões); o recebimento da compensação de Sépia pago pela TotalEnergies, pela Petronas e pela QP Brasil (R$ 14,55 bilhões); o recebimento da compensação de Atapu pago pela Total e pela Shell (R$ 9,96 bilhões); e o recebimento pelas vendas de campos terrestres na Bahia (R$ 1,26 bilhões) e de ativo de exploração e produção (E&P) na Bacia Potiguar (R$ 3,08 bilhões).

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“Esses lançamentos não recorrentes aumentam o grau de incerteza das estimativas sobre o lucro líquido, haja vista a maior ou menor intensidade dos ganhos ou perdas de capital com essas vendas e compensações”, afirma o Ineep. Com a consideração dessas vendas, o resultado pode ficar entre R$ 44,2 bilhões e R$ 60,4 bilhões, segundo cálculos do instituto.

Dividendos

Embora espere resultado robusto da Petrobras no período, principalmente no segmento de E&P, o Itaú BBA, em relatório assinado por Monique Greco e Eric de Mello, prevê que o lucro da companhia seja afetado negativamente pelo impacto da variação monetária sobre a dívida da empresa, devido à depreciação do Real frente ao dólar.

Já o Credit Suisse, em relatório assinado por Regis Cardoso e Marcelo Gumiero, destacou ainda que a Petrobras pode anunciar dividendos de US$ 10 bilhões a US$ 14 bilhões, referentes ao exercício do segundo trimestre.

Na mesma linha, o BTG Pactual ressalta que os investidores devem dar mais destaque para os dividendos nesse período. A estimativa do banco é de um pagamento total de R$ 38 bilhões.

Shell e TotalEnergies

Mais cedo, as gigantes petrolíferas europeias Shell e TotalEnergies reportatam os seus números do segundo trimestre. Confirmando a revisão de perspectivas futuras, a Shell divulgou um lucro líquido de US$ 11,5 bilhões no período. O valor é mais de três vezes superior ao apurado entre abril e junho de 2021.

Já o lucro da TotalEnergies praticamente dobrou, na mesma comparação, alcançando US$ 5,7 bilhões no segundo trimestre deste ano. A petroleira francesa destacou o aumento da produção de óleo e gás no Brasil, principalmente devido à contabilização da produção nos campos de Sépia e Atapu, no pré-sal da Bacia de Santos.

De forma geral, as petroleiras devem reportar resultados robustos no segundo trimestre, impulsionadas pela elevação do preço do petróleo. A média do Brent entre maio e junho ficou em US$ 112 o barril, valor 15% superior ao apurado nos primeiros três meses deste ano.

Ontem, a petroleira norueguesa Equinor, reportou lucro líquido de US$ 6,762 bilhões no segundo trimestre, resultado mais de três vezes superior ao apurado de abril a junho de 2021.

Nesta sexta-feira, estão previstas as divulgações dos resultados das norte-americanas ExxonMobil e Chevron. Já a gigante árabe Saudi Aramco anunciará seu desempenho trimestral em 15 de agosto.

No Brasil, a Prio (antiga PetroRio) e a 3R Petroleum divulgam seus resultados em 3 de agosto. O resultado da PetroReconcavo está previsto para 10 de agosto, seguido pela Enauta, que deve divulgar seus números em 11 de agosto.

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