Óleo e Gás

IEA e Opep apontam Brasil como um dos maiores supridores de petróleo em 2024

A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) e a Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) divulgaram nesta semana relatórios com previsões sobre consumo e demanda de petróleo em 2024. As instituições preveem que os países que não fazem parte da Opep serão responsáveis pelo aumento na oferta de petróleo, com destaque para o Brasil – em novembro de 2023, o país acertou a entrada na Opep+, grupo que vai além dos 13 países-membros da Opep e abrange outros produtores convidados, que não são obrigados a aderir às decisões do cartel.

Navio Plataforma/ Créditos Governo Federal
Navio Plataforma/ Créditos Governo Federal

A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) e a Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) divulgaram nesta semana relatórios com previsões sobre consumo e demanda de petróleo em 2024.

As instituições preveem que os países que não fazem parte da Opep serão responsáveis pelo aumento na oferta de petróleo, com destaque para o Brasil – em novembro de 2023, o país acertou a entrada na Opep+, grupo que vai além dos 13 países-membros da Opep e abrange outros produtores convidados, que não são obrigados a aderir às decisões do cartel.

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A Opep avalia que o aumento na demanda por petróleo em 2024 será de 2,2 milhões de barris por dia, seguida por novo aumento de 1,8 milhão de barris diários em 2025.

Já a IEA prevê um aumento menor na demanda para 2024, na casa de 1,2 milhão de barris por dia, diante de padrões de eficiência mais rigorosos e crescente eletrificação da frota. Para a agência, a China deve continuar liderando o aumento na demanda, puxada pela expansão de seu setor petroquímico.

Oferta

Em relação à oferta, a Opep prevê que os países do cartel devem ter produção de 5,47 milhões de barris por dia, com variação positiva de 60 mil barris diários em relação a 2023.

Já os países que não fazem parte do cartel devem produzir 70,4 milhões de barris por dia, o que representa aumento na casa de 1,3 milhões de barris diários. Os países que mais devem responder por este aumento são Estados Unidos, Canadá, Guiana, Brasil, Noruega e Cazaquistão. México e Angola devem ter as maiores quedas na produção neste período, segundo as previsões da Opep.

O cartel calcula que a oferta de combustíveis líquidos do Brasil, incluindo biocombustíveis, chegará a 4,4 milhões de barris por dia, o que significa um aumento de 120 mil barris diários. O aumento em petróleo deve vir dos campos de Búzios, Mero, Tupi e Itapu – todos na área do pré-sal. Também é esperado aumento na produção em ativos como Atlanta, operado pela Enauta, e Pampo-Enchova, operado pela Trident Energy.

Já para a IEA, em 2024 a oferta mundial de petróleo deve aumentar em 1,5 milhão de barris por dia, atingindo a máxima de 103,5 milhões de barris por dia. Praticamente toda a nova oferta será disponibilizada por países que não fazem parte da Opep, como Estados Unidos, Brasil, Guiana e Canadá. A agência avalia que a oferta dos países fora da Opep deve superar por uma margem “saudável” o aumento na demanda de petróleo.

A IEA também reconhece que há risco de perturbações no fornecimento global de petróleo, por conta de conflitos no Oriente Médio, especialmente para os fluxos de petróleo no Mar Vermelho e no Canal de Suez. Segundo a agência, em 2023, cerca de 10% do comércio mundial de petróleo marítimo e 8% do comércio global de gás natural liquefeito (GNL) passaram por esta rota comercial.