Opinião da Comunidade

Carlos Evangelista escreve: a revolução silenciosa da Lei 14.300/2022

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Carlos Evangelista escreve: a revolução silenciosa da Lei 14.300/2022

Por: Carlos Evangelista* Com a implementação da Lei 14.300/2022 o setor de geração distribuída (GD) experimentou um crescimento respeitável. Atualmente, o Brasil conta com aproximadamente 2,51 milhões de sistemas de produção própria de energia instalados, a maioria destes, oriundos de fonte solar fotovoltaica. Essa expansão é particularmente notável na geração distribuída - GD, que ultrapassou os 28,5 gigawatts (GW) de potência instalada, abrangendo diferentes aplicações - residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. Com isso, o país atende quase 3,6 milhões de unidades consumidoras com a tecnologia fotovoltaica, uma vez que uma unidade de GD pode atender várias unidades consumidoras, demonstrando um avanço significativo em direção à sustentabilidade energética.

Júlia Nascimento escreve: A essencialidade do seguro para sistemas fotovoltaicos na transição energética

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Júlia Nascimento escreve: A essencialidade do seguro para sistemas fotovoltaicos na transição energética

Por: Júlia Santos do Nascimento* A transição energética, além de desempenhar importante função sobre o atual modelo de produção, consumo e reaproveitamento da matéria da nossa matriz energética, impacta consideravelmente nas mudanças climáticas. Atualmente, a matriz energética brasileira é composta por energia hidrelétrica (61,9%), eólica (11,8%), de biomassa (8%), solar (4,4%), fósseis (11,8%) e nuclear (2,1%) (fonte: BEN 2023). A energia solar, mais conhecida popularmente, vem ganhando espaço no consumo de energia do brasileiro, principalmente através da instalação de painéis solares.

Alex Mariano escreve: Modelo de maturidade tecnológica para a abertura de mercado

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Alex Mariano escreve: Modelo de maturidade tecnológica para a abertura de mercado

A abertura de mercado vem acumulando muitos ensinamentos às equipes das comercializadoras, gestoras, distribuidoras e da própria Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), dado o grande volume de unidades consumidoras migrando do ambiente de contratação regulado para o livre. Os processos desenhados para suportar a migração de consumidores atacadistas ou de clientes varejistas antes de 2024 precisam ser rapidamente adaptados à nova realidade, considerando um investimento relevante em tecnologia para trazer mais eficiência às operações entre os agentes envolvidos.

Amanda Lamachão escreve - Raios de sustentabilidade: a geração distribuída no Brasil

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Amanda Lamachão escreve - Raios de sustentabilidade: a geração distribuída no Brasil

Por: Amanda Lamachão Cardoso* Sabe-se que a maior parte da matriz energética mundial ainda é composta por fontes não renováveis, nas quais os combustíveis fósseis possuem significativa participação. Apesar dessa realidade, atualmente, o Brasil possui mais de 87% de toda sua matriz elétrica composta por fontes renováveis,[1] com predomínio das hidrelétricas,[2] que ainda são responsáveis por mais da metade do suprimento elétrico nacional. Nesse contexto, servindo de referência internacional, a política interna brasileira tem incentivado a geração de fontes limpas, renováveis e com baixo impacto ambiental, tais como a eólica e a solar. Como decorrência, a geração solar pelos próprios consumidores, tecnicamente chamada de “geração distribuída”, tem se destacado como uma solução inovadora, com vantagens que podem ser sentidas não apenas pelos investidores, mas também por toda sociedade.

Aurélien Maudonnet escreve: Eficiência energética, nossa aliada rumo à descarbonização

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Aurélien Maudonnet escreve: Eficiência energética, nossa aliada rumo à descarbonização

Por: Aurélien Maudonnet* Na jornada pela descarbonização do planeta, as fontes de energia renováveis vão aos poucos tomando a liderança. Com dias que parecem estar contados, os combustíveis fósseis vêm perdendo sua predominância na matriz energética global. A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) vislumbra que em 2025, as fontes renováveis já se tornem as maiores fontes de geração de energia no planeta. As fontes eólicas e fotovoltaicas por sua vez devem superar as hidrelétricas já neste ano, conforme demonstra a publicação “Renewables 2023 - Analysis and Forecast to 2028” da IEA. O panorama desenhado para o Brasil, principal gerador de energia renovável na América Latina, não é diferente, com as fontes solares na dianteira, seguidas por eólicas.

Júlia Farias escreve - Transição energética e ESG: a importância do âmbito social e da governança

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Júlia Farias escreve - Transição energética e ESG: a importância do âmbito social e da governança

Por: Júlia Garcia Farias* A transição energética é o processo por meio do qual as matrizes energéticas de um local são alteradas, tanto no curto quanto no longo prazo. Ela se baseia, inclusive, no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 07 da ONU: “Energia limpa e acessível: garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável para todos”. Nessa linha, embora o Brasil já possua uma matriz energética marcada pelas hidrelétricas há mais de quarenta anos, tem se aberto ao diálogo para outras fontes renováveis e discutido transição energética, em busca de atender ao ESG - Environmental, Social and Governance. Ocorre, contudo, que isso deve ser feito não apenas na medida da sustentabilidade ambiental envolvida, mas também com relação ao âmbito social e de governança, que compõem o ESG.

Carla Damasceno escreve: Avanços, desafios e celebrações das mulheres no setor eletroenergético

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Carla Damasceno escreve: Avanços, desafios e celebrações das mulheres no setor eletroenergético

Por: Carla Damasceno Peixoto O Dia da Mulher teve origem nos movimentos de operárias do fim do século 19 e início do 20, principalmente nos Estados Unidos, Europa e Rússia. Foram promovidas várias manifestações e lutas das mulheres por igualdade de direitos trabalhistas e melhores condições de vida. Frente à estas manifestações, a Organização das Nações Unidas oficializou em 1975 a data de 08 de março como sendo o Dia Internacional das Mulheres.

Douglas Ludwig escreve - Mercado livre de energia: como modelos do exterior podem inspirar a modalidade no Brasil

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Douglas Ludwig escreve - Mercado livre de energia: como modelos do exterior podem inspirar a modalidade no Brasil

Por: Douglas Ludwig* A nova fase do mercado livre de energia no Brasil teve início em janeiro deste ano, possibilitando a compra direta de energia junto às comercializadoras para mais de 165 mil novos consumidores de alta tensão, de acordo com dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (ABRACEEL), além de abrir oportunidades de mercado para os geradores. De acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), mais de 14 mil consumidores iniciaram o processo para migrar para o mercado livre, solicitando a rescisão de seus contratos com as distribuidoras de energia.

Alexandre Vidigal escreve: Eletromobilidade - paradoxos e precipitação

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Alexandre Vidigal escreve: Eletromobilidade - paradoxos e precipitação

Por: Alexandre Vidigal* Em tempos atuais e com os olhos voltados às futuras gerações não há a menor dúvida de que a redução de emissão de carbono em patamares substanciais é medida que já não comporta mais adiamento e, de fato, as providências para o alcance de resultados minimamente efetivos precisam ser implementadas o quanto antes. Neste cenário a redução e mesmo eliminação da queima de combustíveis fósseis é um consenso que já resta muito bem definido e, seguramente, sem volta.

Arthur Sousa escreve: Reidi é novo impulso para GD

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Arthur Sousa escreve: Reidi é novo impulso para GD

Por: Arthur Sousa* O Ministério de Minas e Energia publicou em 17 de janeiro a portaria nº 765, iniciativa que pode representar um novo capítulo da chamada geração distribuída, tornando-a uma fonte de investimentos ainda mais relevante no Brasil. Pela portaria, o MME abriu por 30 dias a coleta de sugestões e propostas para a regulamentação do artigo 28 da Lei nº 14.300 de 2022. O artigo enquadrava a geração distribuída para o incentivo previsto no Reidi (Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura), embora isso nunca tenha acontecido. Com algum atraso, o governo federal pode, enfim, dar aos investidores da geração distribuída aquilo que já está previsto em lei. Se a descentralização da produção de energia solar fotovoltaica ajudou a tornar essa fonte renovável a segunda mais importante da matriz de geração elétrica do país, responsável hoje por 17% da base instalada, imagine o efeito que veremos após o MME concluir a coleta de propostas e publicar oficialmente a regulamentação do artigo 28.

Vanessa Gonçalves escreve - LCOE: Análise e assertividade na migração e adoção de energia

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Vanessa Gonçalves escreve - LCOE: Análise e assertividade na migração e adoção de energia

Por: Vanessa Gonçalves* Muito tem se falado sobre a transição para fontes renováveis e próprias. O sistema de energia que eu utilizo ainda é compensatório? O investimento feito para a adoção de uma fonte própria retornará posteriormente? Consigo integrar diferentes fontes de energia dentro de um único sistema? Ainda que essas e outras dúvidas sejam comumente encontradas, as respostas para elas ainda são bem complexas. Com a Lei 14.300, que entrou em vigor em janeiro deste ano e altera o sistema de compensação de crédito de energia, a complexidade aumenta ainda mais - principalmente em relação à tarifa sobre Fio B e Fio A, como projetos de autoconsumo remoto maiores que 500 kW e geração compartilhada quando um consumidor tiver 25% ou mais dos créditos.

Marcos Madureira escreve: O clima muda e todos temos que nos adequar

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Marcos Madureira escreve: O clima muda e todos temos que nos adequar

Por: Marcos Madureira* Historicamente, o período chuvoso no Brasil remete não só às bonanças trazidas pelas águas, mas também aos impactos causados pelas chuvas e ventos fortes, especialmente nas zonas urbanas. Até que cheguem “as águas de março fechando o verão”, muitas cidades brasileiras lidam com as consequências desses eventos. Porém nos últimos tempos presenciamos tempestades que arrasam infraestruturas, bairros inteiros, residências e o que mais estiver pela frente. Lembro aqui do desastre na região serrana do Rio de Janeiro, em 2011, que devastou vilas e tirou inúmeras vidas.

Deloitte escreve: Armazenamento de energia de longa duração é tecnologia crucial para a descarbonização

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Deloitte escreve: Armazenamento de energia de longa duração é tecnologia crucial para a descarbonização

Por: Luiz Caselli, Maria Emilia Peres e Victor Bacarin* A transição para fontes de energia limpa é uma prioridade global, e que está cada vez mais presente na agenda da sociedade, à medida que o mundo inteiro enfrenta a urgente necessidade de combater as mudanças climáticas e reduzir as emissões de carbono. Nesse contexto, o Armazenamento de Energia de Longa Duração (LDES, sigla em inglês para “Long Duration Energy Storage”) está emergindo como uma tecnologia crucial para garantir a confiabilidade das redes elétricas e fornecer energia limpa.

Antonio Carlos de Carvalho escreve: CIGRE-Brasil, um think thank para discutir o futuro do setor elétrico

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Antonio Carlos de Carvalho escreve: CIGRE-Brasil, um think thank para discutir o futuro do setor elétrico

Por: Antonio Carlos C. de Carvalho* O III Fórum de CEOs, realizado durante o XXVII Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica (SNPTEE), abrigou uma importante iniciativa, considerando-se o momento de transformações em que se encontra o setor elétrico brasileiro. O evento reuniu 25 executivos de importantes empresas do setor eletroenergético brasileiro para discutir os desafios atuais e futuros que se apresentam. O objetivo foi propor sugestões para atuação do CIGRE-Brasil como think tank de apoio ao setor e contribuir para que os obstáculos sejam superados.