A Energia Natural Afluente (ENA) no Sistema Interligado Nacional (SIN) de julho deve estar entre 54% e 64% da média histórica para o mês, segundo os cenários inferior e superior apresentados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) ontem, 3 de julho, ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Estes montantes representam o pior e o 3º pior da média histórica de 94 anos. Todos os subsistemas podem ficar abaixo da média, com exceção do Sul.
Pelas previsões, em julho, as chuvas nos reservatórios das hidrelétricas no subsistema Sudeste/Centro-Oeste serão equivalentes a 51% a 53% da média de longo termo (MLT); no subsistema Nordeste, a ENA será de 42% da MLT tanto no cenário superior quanto no cenário inferior; no subsistema Norte, a ENA deve ficar entre 53% e 55%; e no subsistema Sul a previsão de ENA é de 66% e 102% da MLT. As perspectivas não devem melhorar nos próximos meses, já que a previsão de chuvas até o final do ano é cerca de 50% abaixo da média histórica.
No final de julho, a energia armazenada no SIN deve estar entre 65,1% e 65,2% da energia armazenada máxima (EARmáx), considerando os cenários inferior e superior do CMSE. No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, a expectativa é de 62,7% tanto no cenário superior quanto no cenário inferior; o subsistema Sul deve ter entre 77,5% e 78,2% da EARmáx; no subsistema Nordeste, a previsão é entre 63,2% e 63,3% da EARmáx, e no Norte deve haver 90,7% da EARmáx nos cenários mais e menos favorável.
Hidrologia de junho
Ao final de junho, foram verificados armazenamentos equivalentes a cerca de 68% na região Sudeste/Centro-Oeste, 88% no Sul, 69% no Nordeste e 91% no Norte. Para o SIN, o armazenamento foi de aproximadamente 71%. Apenas as bacias dos rios Jacuí, Taquari-Antas, e Uruguai tiveram precipitações superiores à média histórica.
Em junho, a ENA ficou abaixo da média histórica nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste (56% da MLT), Nordeste (41% da MLT) e Norte (51% da MLT). O subsistema Sul foi o único a apresentar condições superiores à média histórica, com cerca de 153% da MLT.
Expansão da geração e transmissão
Em junho, expansão verificada da capacidade instalada de geração centralizada foi de 790 MW. Houve aumento de 581 quilômetros em linhas de transmissão e de 1.875 MVA em capacidade de transformação.
Assim, no ano de 2024, a expansão totalizou 5.570 MW de capacidade instalada de geração centralizada, 1.787,4 km de linhas de transmissão e 6.930 MVA de capacidade de transformação.
O CMSE se reuniu nesta quarta-feira, 3 de julho. “Estamos trabalhando em busca de soluções criativas e possíveis para aumentar a disponibilização dos nossos recursos, como fizemos ao reduzir a vazão das hidrelétricas de Jupiá e Porto Primavera, conservando os reservatórios durante este período seco e evitando o despacho das térmicas” declarou em nota o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.