Planejamento

CMSE avalia curvas de armazenamento para 2023 em ano de possível recorde da geração

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) avaliou a proposta apresentada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) relativa às curvas referenciais de armazenamento (CREF) para 2023 durante reunião realizada nesta quarta-feira, 15 de março. Com a perspectiva do crescimento da oferta de geração de energia, principalmente, pelo incremento das fontes eólica e solar no sistema elétrico nacional, e recorde histórico de expansão da capacidade, a novidade ficou com a ferramenta.

CMSE avalia curvas de armazenamento para 2023 em ano de possível recorde da geração

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) avaliou a proposta apresentada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) relativa às curvas referenciais de armazenamento (CREF) para 2023 durante reunião realizada nesta quarta-feira, 15 de março.

Com a perspectiva do crescimento da oferta de geração de energia, principalmente, pelo incremento das fontes eólica e solar no sistema elétrico nacional, e recorde histórico de expansão da capacidade, a novidade ficou com a ferramenta.

Na soma de janeiro e fevereiro, a expansão totalizou 2.027 MW de capacidade instalada de geração centralizada, 1.761 km de linhas de transmissão e 3.166 MVA de capacidade de transformação. Sobre geração distribuída, a expansão verificada em 2023 foi de 1.813 MW, atingindo o total de aproximadamente 18,2 GW instalados no país.

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Segundo o CMSE, as curvas referências serão importantes para “auxílio à tomada de decisão do comitê, de forma não determinativa, quanto à necessidade da adoção ou permanência de medidas adicionais com vistas à garantia do atendimento energético no país”.

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A elaboração das curvas considerou metodologia similar à utilizada para as curvas de referência de 2022 e a atualização de premissas, como as restrições hidráulicas vigentes, oferta e demanda de energia elétrica. Foi utilizado cenário de aversão construído a partir dos valores de Energia Natural Afluente (ENA), entre outubro de 2020 e setembro de 2021, quando foram registrados os piores valores de afluências em 12 meses do histórico de 92 anos.

Além disso, considerou-se o armazenamento mínimo de 21,4% no Sistema Interligado Nacional (SIN) ao final de novembro de 2023, com a seguinte distribuição entre os subsistemas: 20% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, 30% no Sul, 23,5% no Nordeste e 22,5% no Norte.

“Dessa maneira, o CMSE evidencia o compromisso com a transparência e robustez das avaliações conduzidas pelo colegiado e com o processo de tomada de decisão, incluindo eventual avaliação da necessidade de adoção de medidas excepcionais com vistas a garantir a segurança no suprimento de energia elétrica no país. O comitê continuará buscando o aprimoramento da governança e atuação em prol do setor elétrico brasileiro e de toda a sociedade”, diz trecho de nota do Ministério de Minas e Energia (MME).

A nota técnica sobre a metodologia aprovada será finalizada pelo ONS e disponibilizada aos agentes. O documento irá compor o conjunto documental relativo à 275ª reunião do comitê, relacionado à construção e utilização das Curvas Referenciais de Armazenamento.

No contexto das condições favoráveis de atendimento, foi destacado pelo ONS que o mês de fevereiro finalizou com os melhores níveis de armazenamento do Sistema Interligado Nacional (SIN) dos últimos 16 anos. Estão sendo verificados excedentes de geração de energia elétrica nas diferentes regiões do país, permitindo a exportação comercial destinada à Argentina e ao Uruguai.

Energia Armazenada

Em fevereiro, foram verificados armazenamentos equivalentes de 76,9%, 85,9%, 85,3% e 96,8% nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente. Para o SIN, o armazenamento ao final de fevereiro foi de 80,1%.