O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) concluiu a operação especial durante o período de recuperação dos ativos do Sistema Interligado Nacional (SIN) no Rio Grande do Sul, afetados pelas fortes chuvas que atingiram o estado no final de abril e começo de maio desse ano.
Com as inundações, foram afetadas 35 linhas de transmissão, 14 transformadores e cinco hidrelétricas, o que levou o ONS a criar um grupo de trabalho específico para coordenar a retomada desses equipamentos.
De todos os equipamentos da rede de operação afetados pelas chuvas de abril e maio, apenas três deles seguem fora de operação, sem causar, no entanto, impacto no atendimento do SIN: a LT 525 kV Nova Santa Rita / Guaíba 3 C2, com previsão de retorno no final de outubro; e as UHEs Monte Claro e Jacuí, cujo prazo de retorno é no final do ano.
“Foi um esforço bem-sucedido, numa atuação conjunta do Operador com o MME, agência reguladora, os agentes e os demais entes locais que participaram dos esforços de recuperação do estado. Foi mais uma prova da resiliência do nosso sistema e da força e senso de união que tem o setor energético do país”, destaca Marcio Rea, diretor-geral do ONS.
O trabalho envolveu profissionais do ONS e representantes de 16 agentes do setor, entre os responsáveis pelos ativos e os que prestaram suporte direto, com atualizações e trocas permanentes com Ministério de Minas e Energia, Agência Nacional de Energia Elétrica, governo do Rio Grande do Sul e órgãos locais. Com a recuperação dos ativos, a operação especial, que exigia uma mobilização específica com reuniões regulares e equipes dedicadas, foi encerrada com uma avaliação geral positiva.
As ações do Operador tiveram como objetivo fundamental aumentar a confiabilidade da rede de operação, tendo como um dos principais desafios a operação em tempo real em condições não previstas, e que se agravavam a cada momento.
Ainda foram necessárias a realização de estudos e adaptações em documentos normativos, levando em consideração as indisponibilidades e as restrições associadas.
Para alcançar esse objetivo, foram necessárias adequações nos processos em função da quantidade de desligamentos e dos circuitos provisórios criados, visando não apenas o atendimento da carga, mas também de modo a aumentar da confiabilidade e robustez do sistema nas regiões afetadas do Rio Grande do Sul, assegurando a continuidade do serviço à população.