![Mercado livre de energia em expansão / Crédito: JF Mercado livre de energia em expansão / Crédito: JF](https://uploads.megawhat.energy/2024/07/F174Barj-Central-Termica-Uruguaiana-CTU-Ambar-Energia.-Credito-JF-1320x743.webp)
O Ministério de Minas e Energia do Brasil e o Ministerio de Industria, Energía y Minería do Uruguai assinaram, nesta quarta-feira, 12 de fevereiro, em Montevidéu, um Memorando de Entendimento (MoU) para ampliar e melhorar as condições de intercâmbio de energia elétrica entre os dois países.
O documento propõe a transferência do ponto de entrega da energia uruguaia da subestação de energia Presidente Médici, que opera com 230 kV, para a subestação Candiota II no Rio Grande do Sul, que funciona com 525 kV.
O memorando foi assinado durante a IX Mesa de Diálogo do Sistema de Integração Energética dos Países do Sul (Siesur, na sigla em espanhol), permite um descongestionamento da rede 230 kV do sul do Rio Grande do Sul, atualmente sobrecarregada pelo avanço da geração renovável na região, explica o ministério em nota.
“Com a mudança do ponto de entrega da energia uruguaia para a rede de 500 kV, essa interligação internacional terá à sua disposição um sistema de maior capacidade e com menos risco de interrupção”, disse o MME.
Agora, a pasta de energia do Brasil deverá tomar medidas para a efetivação da interligação física entre as subestações Candiota e Candiota 2, necessária para a transferência do ponto de entrega de energia uruguaia.
Nesta quarta-feira, o ministério autorizou as empresas Eneva e BID Comercializadora a importarem e exportarem energia elétrica interruptível para a Argentina e para o Uruguai.
Intercâmbio de energia
Além da geração termelétrica, a recente recuperação dos reservatórios das hidrelétricas também poderá permitir que excedentes hidrelétricos sejam exportados. A possibilidade de modicidade tarifária a partir da exportação de energia se dá pelo fato de que a energia disponibilizada como oferta aos países vizinhos, no mercado de curto prazo, é proveniente unicamente de fontes térmicas fora da ordem de mérito (ou seja, mais caras) ou de fonte hídrica a partir de uso de água que seria vertida.
A energia só é importada pelo Brasil quando ela efetivamente é ofertada no mercado interno a um valor menor do que o praticado pelas fontes disponíveis em território nacional. Somente no ano de 2024, a energia importada pelo Brasil a partir do Uruguai gerou uma economia de mais de R$ 750 milhões à operação do sistema interligado nacional.