Transição energética

Comissão de justiça energética da IEA será liderada por ministro brasileiro

A “Comissão global de transição de energia limpa centrada nas pessoas” será presidida pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e pela vice-primeira-ministra da Espanha e ministra da transição ecológica e desafio demográfico, Teresa Ribera.

Linhão de Transmissão / Crédito: Agência Brasil
Linhão de Transmissão / Crédito: Agência Brasil

A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) anunciou a “Comissão global de transição de energia limpa centrada nas pessoas”, que levantará estratégias para um sistema energético mais equitativo, com justiça e acessibilidade energética. A comissão será presidida pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e pela vice-primeira-ministra da Espanha e ministra da transição ecológica e desafio demográfico, Teresa Ribera.

A primeira reunião da comissão acontecerá em outubro, durante a sexta reunião ministerial de Transições Energéticas do G20, a ser realizada entre 30 de setembro e 2 de outubro em Foz do Iguaçu, no Paraná.

Participam da comissão autoridades governamentais de 12 países além do Brasil e Espanha, e mais 13 representantes de organizações internacionais, sindicatos e sociedade civil. As experiências destes participantes e as melhores práticas internacionais deverão guiar a comissão na elaboração de recomendações factíveis para a transição energética justa e acessível. 

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“As transições para energia limpa só terão sucesso se suas vantagens forem compartilhadas com todas as partes da sociedade, incluindo comunidades que historicamente têm estado à margem da economia energética. Isso começa com políticas justas e equitativas, que são o foco desta nova comissão global”, disse em nota o Diretor Executivo da IEA, Fatih Birol.

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Teresa Ribera declarou em comunicado que “a transição energética não deve ser apenas uma mudança na cor dos elétrons ou moléculas, mas também uma oportunidade de garantir acesso à energia acessível, reduzir desigualdades e gerar oportunidades econômicas redistributivas”.

“A transição energética não pode ser entendida somente como um processo de substituição tecnológica. Os líderes globais de energia devem se comprometer a tornar essa transição justa e inclusiva, visualizando-a como um novo modelo de desenvolvimento econômico e social para garantir que ninguém seja deixado para trás” disse em nota Alexandre Silveira. “O Brasil tem a honra de contribuir para as atividades desta Comissão Global, que se alinha estreitamente com nossa agenda do G20”, concluiu.