Ponta da carga

Flexibilidade de atendimento do SIN deve contar com novo indicador até 2025

Com o aumento das fontes intermitentes, o novo indicador vai mensurar o atendimento da ponta da carga, dada a rampa mais acentuada de despacho necessário.

Linha de transmissão / Crédito: Ricardo Botelho - MME
Linha de transmissão | Ricardo Botelho (MME)

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) discutiu nesta quarta-feira, 6 de novembro, uma agenda para adoção de um novo critério de suprimento que trate da flexibilidade requerida pelo Sistema Interligado Nacional (SIN).

O critério de flexibilidade refere-se à capacidade de o sistema de ajustar a entrega de potência para atender ao requisito da carga.  Com o aumento das fontes intermitentes, o novo indicador vai mensurar o atendimento da ponta da carga, dada a rampa mais acentuada de despacho necessário, atendida hoje, basicamente, por hidrelétricas e termelétricas.

Conforme apurou a MegaWhat, futuramente, é esperado um aumento dessa rampa, logo, o governo estuda como mensurar essa alta para que os recursos hídricos e térmicos aumentem essa capacidade de atendimento da ponta.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) já iniciou os estudos para a criação do novo indicador e a previsão é que ele seja submetido à avaliação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) até o final de 2025.

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Antes disso, deverão ser realizadas consulta pública e workshops para discutir o tema com a sociedade.

Atendimento do SIN

Entre novembro e janeiro de 2025, o atendimento da demanda máxima do sistema, para cenários de temperatura elevada e baixa geração eólica, deve contar com a mobilização de recursos adicionais, incluindo despacho termelétrico, mecanismo de resposta da demanda e importação de energia elétrica.

No estado do Amazonas, os municípios de Anamã, Caapiranga e Codajás, terão atendimento emergencial.

Durante a reunião do CMSE houve apresentação pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) dos números que demonstram o início do período chuvoso na região Sudeste e Centro-Oeste e atraso no período chuvoso da região Norte.

Para as próximas semanas, o órgão sinalizou que espera comportamento similar.

Mesmo assim, para o mês de novembro, de acordo com o cenário menos favorável, a indicação é de uma Energia Natural Afluente (ENA) abaixo da média histórica para todos os subsistemas, exceto para o Sul. A previsão para o Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte é de 61%, 118%, 65% e 44% da Média de Longo Termo (MLT), respectivamente.

Considerando o cenário mais favorável, as previsões são de: 116%, 46%, 93% e 64% da MLT, respectivamente, para o Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte.

Em outubro, foram verificados armazenamentos equivalentes de cerca de 40%, 65%, 45% e 63% no Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente. Para o SIN, o armazenamento foi de aproximadamente 44%.

Expansão da geração e transmissão

A expansão verificada em outubro de 2024 foi de 1.534 MW de capacidade instalada de geração centralizada de energia elétrica, de 467 km de linhas de transmissão e de 1.485 MVA de capacidade de transformação.

Assim, no ano de 2024, a expansão totalizou 9.354 MW de capacidade instalada de geração centralizada, 2.890,4 km de linhas de transmissão e 12.615 MVA de capacidade de transformação.

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