Promessa

MME vai abrir consulta pública sobre leilão de baterias 'nos próximos dias'

Disputa deve acontecer em 2025, com intuito de atrair mais fabricantes da tecnologia de armazenamento para o país.

MME vai abrir consulta pública sobre leilão de baterias 'nos próximos dias'

O Ministério de Minas e Energia (MME) vai abrir nos “próximos dias” uma consulta pública para discutir um futuro leilão exclusivo para contratação de baterias para armazenamento de energia, disse Alexandre Silveira, ministro da pasta, em conversa com jornalistas depois de participar de um evento da Enel nesta quinta-feira, 12 de setembro.

Silveira voltou ainda a prometer que o leilão de reserva de capacidade vai acontecer em 2024, e disse que ainda estão sendo feitas análises sobre a necessidade de contratação do certame.

Baterias em 2025

O certame exclusivo para as baterias deve acontecer em 2025, e a data deve ser definida ainda neste ano, após a consulta pública, disse Silveira.

“Não podemos achar que vamos soltar um grande leilão de baterias, porque a finalidade será impulsionar a tecnologia de baterias no Brasil, tentar trazer a Huawei e grandes outras produtoras, principalmente da China e outros países”, disse Silveira.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

Segundo o ministro, no médio prazo, as energias renováveis e intermitentes serão “melhor acondicionadas” nas baterias, ajudando a reduzir o custo da energia. “O grande desafio é o planejamento, não temos necessidade de sermos açodados e atropelar e, consequentemente, onerar o consumidor”, completou.

Cautela antes de leilão

A cautela no planejamento também é o motivo da demora na definição das diretrizes do leilão de reserva de capacidade, cuja consulta pública foi aberta em março deste ano, com previsão original de realização do certame em agosto.

No mercado, especialistas avaliam que mesmo se as regras forem definidas em breve, não há mais condições de que o leilão aconteça em 2024, mas Silveira disse que a disputa acontecerá ainda neste ano.

O desafio, segundo o ministro, é calcular a demanda necessária no leilão, para que sejam definidas as fontes que irão entregar a potência. “Quanto menos o sistema precisar, menos vai custar, em térmicas existentes contratadas no sistema e planejamento de térmicas novas”, afirmou.

Ele disse ainda que as fontes que garantem segurança energética, são as usinas de geração nuclear, termelétricas e hidrelétricas – estas últimas, segundo Silveira, “infelizmente foram abandonadas no Brasil”.

“Nós estamos tentando voltar com a fonte, porque um país que tem 11% da água doce do planeta não pode dispensar a fonte hidráulica. Estamos tentando voltar com PCHs, que têm baixo impacto ambiental, mas é um grande desafio”, disse.

Horário de verão

O ministro Alexandre Silveira falou ainda sobre o retorno do horário de verão, que está sendo analisado pelo governo.

“É uma possibilidade real, mas não é um fato, porque tem implicações não só energéticas, mas econômicas”, disse.

As pesquisas realizadas a respeito, segundo Silveira, demonstram que o horário de verão é positivo para turismo, bares e restaurantes, ajudando a fomentar a economia, além de reduzir o despacho nos horários de ponta.

Matéria bloqueada. Assine para ler!
Escolha uma opção de assinatura.