Modicidade

Com alta da Selic, quitação antecipada de empréstimos rende saldo extra à CDE

Cédulas de dinheiro. Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Cédulas de dinheiro. Foto: Marcos Santos/USP Imagens

A Eletrobras transferiu nesta semana a primeira de três parcelas de aportes que iriam para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), mas foram usados como garantia em uma operação que permitiu a quitação antecipada de empréstimos tomados em 2020 e 2021 para minimizar impactos da pandemia de covid-19 e da crise hídrica.

Pela variação positiva da taxa de juros, um saldo remanescente de R$ 79,5 milhões será destinado à CDE e ajudará na modicidade tarifária, após regulamentação pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), apurou a MegaWhat.

A operação, viabilizada pela Medida Provisória (MP) 1.212, trata-se de uma antecipação de recebíveis.

Detalhes da operação financeira

Um consórcio de cinco instituições financeiras (Banco do Brasil, Bradesco, Santander, Itaú Unibanco e BTG Pactual) vai repassar valores para pagar antecipadamente os saldos devidos nos empréstimos setoriais Conta-Covid e Conta Escassez Hídrica.

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Em contrapartida, os bancos receberão os valores que seriam aportados pela Eletrobras à CDE de 2025 a 2027, limitados ao valor de R$ 7,8 bilhões.

Os valores a serem pagos pela Eletrobras foram parcelado em três tranches. A primeira delas, de R$ 1,96 bilhão, foi transferida ontem, 29 de abril, e inclui amortização da dívida e juros do período. As outras duas parcelas vencerão em abril de 2026 e abril de 2027, quando a empresa fará a transferência aos bancos.