O Brasil é o maior mercado de títulos sustentáveis na América Latina, representando 52% das emissões na região, que resultam, desde 2014, em US$ 11,8 bilhões. Os dados são apresentados no relatório da Fitch Ratings, agência de classificação de risco de crédito, considerando o crescimento dos títulos emitidos por empresas internacionais na região e os fatores Ambientais, Sociais e de Governança (ESG, na sigla em inglês).
O México é o segundo maior emissor desses títulos, enquanto países como Chile, Argentina, Colômbia, Guatemala, Panamá e Peru ainda emitem poucos. Os títulos sustentáveis representaram 5% das emissões internacionais de empresas não financeiras em 2020, movimentando US$ 4,1 bilhões, e em 2021, responderam por 30% até julho, totalizando US$12,1 bilhões.
Segundo o relatório da Fitch, os Títulos Verdes, Sociais, de Sustentabilidade e Vinculados a Metas de Sustentabilidade (GSSS, na sigla em inglês) emitidos por empresas latino-americanas movimentaram US$ 22,5 bilhões nos últimos sete anos.
Já as emissões de títulos verdes, de sustentabilidade ou vinculados a metas de sustentabilidade na América Latina totalizaram US$ 4,1 bilhões em 2020 e US$ 12,1 bilhões em 2021. Os valores representam, respectivamente, 5% e 30%, do total de missão de títulos corporativos.
Globalmente, a agência de classificação aponta que as emissões de títulos GSSS totalizaram US$ 610 bilhões em 2020, com um importante aumento do volume de títulos sociais e de sustentabilidade, sendo que as empresas da América Latina são responsáveis por apenas 3%, e as empresas não financeiras da região, menos de 1%.
Dividindo por setor, a energia renovável é o maior mercado global de títulos GSSS, de acordo com a Fitch Ratings. Na América Latina, papel & celulose foi o mais ativo do mercado sustentável, representando cerca de 33% das emissões corporativas internacionais de 2014 até julho de 2021. O setor de alimentos & bebidas é o segundo maior, com 22%, seguido pelos de energia, com 12%, e autopeças, com 8%.
