O consumo de energia no Brasil em julho recuou 1,5%, ante igual mês do ano passado, para 37,7 mil gigawatts-hora (GWh), de acordo com dados divulgados na terça-feira, 15 de setembro, pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A queda foi puxada pelo mercado regulado, cujo consumo recuou 3,2%, na mesma comparação. No ambiente livre, houve aumento de 1,5% no consumo.
Segundo a estatal de estudos energéticos, o consumo nacional do país continua influenciado pelos efeitos da pandemia da covid-19, embora com retrações mais suaves das classes industrial e comercial em relação aos últimos três meses. E, de acordo com a EPE, apesar da queda do consumo industrial, houve avanços em alguns segmentos industriais. Foi o caso dos setores alimentício (alta de 2,4%), de extração de metais não-metálicos (+ 7,8%), de produtos minerais não-metálicos (+3,2%) e químico (+0.5%).
De forma geral, contudo, o setor industrial apresentou queda de 1,6% do consumo de energia em julho, ante igual período do ano passado. Na mesma comparação, o consumo do setor comercial despencou 14,2%. Por outro lado, o consumo da classe residencial avançou 6,6%.
Ontem, a EPE também divulgou os dados relativos ao mês de junho. De acordo com a estatal, o consumo do país naquele mês foi de 35,6 mil GWh, com queda de 7,3% ante igual período do ano passado. Com isso, no acumulado do primeiro semestre, o consumo de energia do país somou 231,6 mil GWh, com queda de 4,5% ante a primeira metade de 2019.