Funcionários da Eletrobras iniciaram nesta terça-feira, 15 de junho, uma greve de 72 horas de duração, contra a votação no Senado da Medida Provisória 1.031, que abre caminho para a privatização da companhia. De acordo com a Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel), o movimento tem adesão de 80% da categoria.
A MP foi incluída na pauta de votação do Senado desta quarta-feira, 16 de junho. A expectativa do relator da medida, o senador Marcos Rogério (DEM-RO), é apresentar seu parecer sobre o texto ainda nesta terça-feira.
Ontem, a Eletrobras enviou comunicado interno aos funcionários informando que pretende descontar a remuneração do empregado que aderir à greve, baseada em um entendimento do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de que manifestações organizadas contra medidas de caráter político, e não trabalhista, não são amparadas pela Lei de Greve.
Segundo Emanuel Torres, diretor da Aeel, a iniciativa da administração da Eletrobras já era prevista pela entidade. “É uma pressão da empresa”, disse ele à MegaWhat.