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Bento Albuquerque diz que "ninguém" apareceu para contestar cálculos da MP da Eletrobras

Brasília-DF 21/03/2019 Café da Manhã com Jornalistas Marisete Fátima Dadald Pereira – Secretária Executiva-Secex/MME e Bento Albuquerque, Ministro de Estado de Minas & Energia Ministério de Minas e Energia (MME) Foto: Saulo Cruz/MME
Brasília-DF 21/03/2019 Café da Manhã com Jornalistas Marisete Fátima Dadald Pereira – Secretária Executiva-Secex/MME e Bento Albuquerque, Ministro de Estado de Minas & Energia Ministério de Minas e Energia (MME) Foto: Saulo Cruz/MME

Próxima do prazo de sua sanção, a MP 1.031, que trata da privatização da Eletrobras, ainda gera questionamentos sobre os dispositivos acrescentados ao texto, como para construção de 8 GW de termelétricas a gás natural em regiões determinadas, e o custo final que isso trará para as contas de energia dos consumidores.

Em entrevista nesta terça-feira, 26 de junho, ao programa Opinião no Ar, da Rede TV, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, mais uma vez tranquilizou o consumidor de que os chamados “jabutis” do texto não trarão aumento nas tarifas de energia. Pelo contrário, enfatizou a transparência dos cálculos e declarou que não houve contestação dos valores.

“Nós apresentamos todos os nossos cálculos de forma transparente, chamamos a todos para discutir essas planilhas, essas informações que nós tínhamos, e ninguém apareceu para contestar isso”, disse Albuquerque.

No início de junho, e quando o texto da MP previa a instalação de 6 GW de termelétricas a gás natural, dez associações do setor enviaram carta ao Senado declarando que os dispositivos inseridos pela Câmara dos Deputados levariam a um custo adicional de R$ 41 bilhões nas contas de energia.

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Sobre os valores apresentados por associações e outros agentes de mercado, ele enfatizou desconhecer os números, e que tudo o que foi colocado na medida provisória está contemplado no Plano Decenal de Energia (PDE). Que o montante de 8 GW de termelétricas, por exemplo, será licitado via leilões de energia, e que não haverá custos adicionais para a construção de gasodutos.

“Estimamos que nos próximos anos o custo (das tarifas) vai cair entre 5% e 7% por causa dessas medidas, e vai cair mais ainda pela modernização do setor e pelos leilões com custo menor na geração de energia renovável”, declarou ao programa da Rede TV.

Para o início do próximo mês, está prevista a publicação das medidas a serem adotadas pelas indústrias para contribuir com o consumo de eletricidade durante a crise hídrica. Neste ponto, o ministro apontou que a cooperação com esses agentes tem sido “fantástica”.

“Eles estão formatando dentro do que é possível atender, e essa câmara formada é para adotar medidas necessárias para compensar ou recompensar determinadas ações, por parte dos agentes, grandes consumidores, indústria, e consumidores de maneira geral”, contou o Bento Albuquerque.