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Quase 500 MW entram em operação comercial no mês de julho

Quase 500 MW entram em operação comercial no mês de julho

O mês de julho contou com a entrada em operação comercial de 482,95 MW de capacidade instalada com a liberação de 87 unidades geradoras pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Desse total, 284,4 MW correspondem a 55 unidades geradoras de usinas eólicas.

Os dados constam em levantamento realizado pela MegaWhat no mês de julho, a partir das autorizações publicadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no Diário Oficial da União.

A fonte solar apresenta um crescimento nas liberações, chegando a 64 MW, em 21 unidades geradoras. Soma-se ao total liberado quatro turbinas de hidrelétricas e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), totalizando 22,87 MW.

Houve ainda a liberação de 144,11 MW de termelétrica a gás natural da termelétrica William Arjona, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Em razão da capacidade, o estado respondeu pela segunda maior quantidade de nova potência.

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Um pouco acima aparece o Rio Grande do Norte, com 161,65 MW de capacidade instalada, e em terceiro lugar, Pernambuco, com 62,84 MW.

DROs

Já os pedidos de requerimento de outorga (DRO) somaram 24.710,17 MW em julho em 590 usinas, montante menor do que os 30.116,83 MW registrados no mês anterior. Com isso, de janeiro a julho, o número de pedidos ultrapassa 130 mil MW em novos projetos e cerca de 75% do montante registrado no ano de 2020.

Do montante registrado em julho, a fonte solar responde por mais de 20 GW dos pedidos de outorga em 475 usinas. Com uma potência muito inferior, mas em segundo lugar, a energia eólica totalizou 3,81 GW dos pedidos de outorga em julho.

Vale destacar, ainda, o pedido de outorga para duas termelétricas a carvão mineral, Nova Seival I e Nova Seival II, com 350 MW de capacidade instalada cada, em favor da empresa Energias da Campanha. Os projetos estão previstos para serem instalados no município de Candiota, no Rio Grande do Sul.

No ranking por estados, Minas Gerais, que é o principal na busca de empreendedores de usinas solares fotovoltaicas, seja por isenções fiscais ou pelas condições adequadas para geração, ocupa a primeira posição, com quase 8 GW. Na sequência, o Ceará também aparece próximo dos 5 GW e a Bahia com mais de 3,36 GW de capacidade nos pedidos de outorga.

Novas empresas

No total, dez empresas foram autorizadas como comercializadoras, sendo oito de energia elétrica – Vektor Energia, Rodrigues Energia, Turyia Comercializadora, Quanta Comercializadora, Green Energy Comercializadora, Delta Fund V, Delta Fund VI e JR Comercializadora – e duas de gás natural – ITA Comercializadora de Gás e Brookfield Gestão e Energia.

Assim como nos últimos meses, não houve autorizações para novas distribuidoras de gás natural, enquanto para carregamento de gás, três empresas receberam aval, sendo elas: Delta Geração de Energia, Delta Comercializadora e Galp Energia Brasil.

Já o número de autorizações para importação de gás natural totalizou 4 em julho, sendo uma ou mais por empresas – Gas Bridge Comercializadora, Aruanã Energia e Vale. Importação e exportação de energia elétrica interruptível houve duas autorizações para cada atividade para as empresas E-Trade Comercializadora de Energia e Exponencial Energia.

Incentivos fiscais 

Os projetos de geração contemplados nos programadas de incentivos fiscais, para isenção de tributos e emissão de debêntures, somaram: 16 projetos e 473,73 MW.

No Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura (Reidi) três projetos de geração foram contemplados, sendo dois de solar, num total de 65,8 MW, e uma PCH, com 5 MW. Ainda neste regime, 11 instalações de transmissão receberam incentivo.

Como prioritários, foram nove projetos solares, somando 287,4 MW e quatro da fonte eólica, com 115,6 MW. Ainda foram enquadrados como prioritários quatro projetos de transmissão e 12 de distribuição de energia.

Além disso, dois projetos de produção e estocagem de biocombustíveis, um em São Paulo e outro na Bahia, receberam o enquadramento como prioritários.

PIE

Para finalizar, ainda vale destacar os pedidos para produção independente de energia (PIE) que somaram 1.074 MW de capacidade instalada em 24 usinas, montante inferior aos 3.763,59 MW registrados em junho.

Usinas a biomassa representaram a maior capacidade instalada, em quatro usinas que somam 501 MW de potência. Até por isso, Mato Grosso do Sul liderou a capacidade por estado, com 384 MW de capacidade instalada.

A fonte solar chegou próxima à potência da biomassa, com 483,74 MW em 18 usinas, seguida por dois parques eólicos que totalizam 90 MW.

Além do Mato Grosso do Sul, Minas Gerais somou 250 MW, seguido pelo Ceará, com 150 MW e Piauí, com 96,24 MW.

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