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Abengoa deve pagar quase R$ 1 bilhão em multas pela não entrega de sete LTs

Na análise dos dois últimos pedidos de reconsideração interpostos pela Abengoa por descumprimento de contratos em linhas de transmissão, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a aplicação das multas, em mais de R$ 209,2 milhões. Na última semana, a diretoria havia decidido manter as multas cobradas por outras cinco linhas, num total de cerca de R$ 520 milhões.

Torre de distribuição de energia elétrica de alta tensã
Torre de distribuição de energia elétrica de alta tensã

Na análise dos dois últimos pedidos de reconsideração interpostos pela Abengoa por descumprimento de contratos em linhas de transmissão, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a aplicação das multas, em mais de R$ 209,2 milhões. Na última semana, a diretoria havia decidido manter as multas cobradas por outras cinco linhas, num total de cerca de R$ 520 milhões.

Como os valores ainda terão correção monetária, a agência estima que o montante alcance quase R$ 1 bilhão. Por se tratar de multas editalícias, tanto administrativas quanto regulatórias, os valores arrecadados são destinados à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CDE), tendo a Aneel como beneficiária e que fará o repasse à modicidade tarifária. 

A Abengoa, junto da seguradora Austral, apresentou recursos distintos questionando a imposição das multas, que representam 10% dos valores que seriam investidos. Nos casos deliberados nesta terça-feira, 13 de setembro, os pedidos se referiam às sociedades de propósito específico (SPEs) ATE XXIII e ATE XIX, formadas pela empresa espanhola para execução dos projetos licitados. 

Os processos deliberados nesta terça, tiveram como relatores os diretores Ricardo Tili e Hélvio Guerra. Ao iniciar o relatório do seu processo, que tratou da SPE ATE XIX, Guerra declarou um comportamento “inusitado e irregular” da empresa. 

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Os recursos para os dois processos teriam sido enviados apenas ao diretor Tili, solicitando a substituição dos números de um processo para o outro, bem como do nome do relator. “Veja só o caráter inusitado, porque ela coloca: onde lê-se Ricardo Lavorato Tili, leia-se, Hélvio Guerra; onde lê-se processo 114/2022, leia-se 115/2022”, descreveu Hélvio Guerra que ainda apontou que pela irregularidade, poderia ter considerado o recurso como não recebido. 

“É importante que a gente aplique a maior penalidade aqui prevista, e esse comportamento, da forma que quase de uma brincadeira que fez com a agência, especialmente quando a gente está falando de uma multa de mais de R$ 80 milhões, e no cômputo geral de mais de R$ 800 milhões, mostra que a caducidade foi realmente muito bem aplicada, porque podemos dizer que a empresa não tem a mesma seriedade com que a tratamos aqui na agência”, disse o diretor Hélvio Guerra. 

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