Eólica

Governo do RN prevê novos empregos com a expansão da eólica offshore na região

O governo do estado do Rio Grande do Norte prevê a criação de novos empregos com o avanço da fonte eólica offshore na região. Isto, segundo o diretor do Senai-RN, Rodrigo Mello, exigirá adaptação ou mesmo criação de novos perfis profissionais para atender à indústria.

Governo do RN prevê novos empregos com a expansão da eólica offshore na região

O governo do estado do Rio Grande do Norte prevê a criação de novos empregos com o avanço da fonte eólica offshore na região. Isto, segundo o diretor do Senai-RN, Rodrigo Mello, exigirá adaptação ou mesmo criação de novos perfis profissionais para atender à indústria.

De acordo com a análise de Diogo Nóbrega, diretor brasileiro do fundo de investimentos dinamarquês Copenhagen Infrastructure Partners (CIP/COP), os empregos que serão inicialmente gerados em futuros complexos de energia eólica offshore deverão ser distribuídos em atividades de fabricação de componentes (56%), Operação & Manutenção (28%), instalação (11%), descomissionamento (4%) e desenvolvimento (1%).

Em reunião realizada na última terça-feira, 13 de dezembro, o governo do estado discutiu o tema e buscou aproximar os atores envolvidos nessa chamada “nova fronteira energética”. Rodrigo Mello, diretor do Senai-RN, afirmou que a instituição já está articulando ações de treinamento e capacitação para o mercado de eólica offshore.

“Temos todo o aparato de formação das ocupações de mão de obra técnica, dos profissionais de eletrotécnica, mecânica, instrumentação, automação. Somos homologados GWO, com quem já iniciamos as tratativas de outras ocupações, de outros cursos de segurança do trabalho, para ocupações do offshore, e em áreas como gestão de transporte marítimo para empresas que se interessam por isso, na indústria de energia”, disse Mello.

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Ainda segundo o diretor do Senai-RN, empresas de energia, de tecnologia e petroleiras têm visitado o Rio Grande do Norte para tratar de projetos de renováveis e têm incluído os centros de tecnologia e inovação do Senai nas discussões.

“Já estamos desenvolvendo projetos na área com algumas dela, seja de tecnologia, de prestação de serviço, de medição e de características do recurso eólico no ambiente offshore, de desenvolvimento de equipamentos, bem como de soluções de formação de pessoas e, nesse caso, também voltados à condição atual do onshore”, observou Mello.

Com 176,58 GW da fonte eólica offshore cadastrados no Ibama, a Margem Equatorial nordestina conta com quase metade da potência registrada (45,86%). Esses números, de acordo com o diretor do Senai-RN, mostram o grande interesse pelo offshore brasileiro.

Sobre os investimentos, o coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), Antonio Medeiros, afirmou que vão depender de diversos fatores, como regulamentação e viabilidade ambiental do projeto, de forma que ainda não é possível dizer quais serão os estados que receberão maio investimento.

“O Mapa [do Ibama] mostra uma série de áreas de interesse, mas muitas delas são sobrepostas. Isso significa que nem todos os investimentos serão concretizados dessa maneira. Na prática, o que se sabe é que uma série de investidores já está na fila, de olho nessa fronteira”, afirmou Medeiros.

Também participaram do encontro representantes do governo, das quatro universidades públicas do estado, da Secretaria Estadual de Educação e de empresas com projetos em fase de licenciamento no Ibama, como Shell Brasil e Bi Energia.