O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou a indicação do senador Jean Paul Prates (PT-RN) como novo presidente da Petrobras. A formalização vai seguir as regras de governança da estatal, quando Prates pretende apresentar ao seu conselho de administração e à sociedade “de forma detalhada” seus planos para a empresa.
“A Petrobras é uma empresa forte, exemplo internacional de capacidade técnica, engenho e determinação. É uma companhia que existe como empresa de economia mista, que alia capitais privados e estatais, e precisa conciliar essa natureza ao seu papel estruturante na economia do país”, disse o senador em pronunciamento após a confirmação do convite.
Segundo Prates, é preciso pensar no futuro e investir na transição energética, além dos interesse de longo prazo dos acionistas da Petrobras.
O presidente eleito comentou em sua conta no Twitter sobre a indicação. “Advogado, economista e um especialista no setor de energia, para conduzir a empresa para um grande futuro”, escreveu.
O atual presidente da Petrobras, Caio Mário Paes de Andrade, já aceitou um convite do governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para assumir a secretaria de Gestão e Governo Digital do estado a partir do próximo ano.
Pela governança da Petrobras, se Andrade renunciar do cargo no início de 2023, sem concluir seu mandato, Jean Paul Prates poderá assumir interinamente o cargo, mas para que a mudança seja definitiva ele precisa ser eleito ao conselho de administração da estatal por meio de uma assembleia de acionistas, ainda a ser convocada.
Para evitar conflito com a Lei 13.303, que trata da governança nas estatais, Prates atuou nos bastidores, e evitou assumir um cargo oficial ao longo da campanha petista. Com larga experiência no setor de petróleo e gás, além de um relacionamento próximo com o segmento de renováveis do Nordeste, Prates realizou em 2022 reuniões com empresários e líderes do setor.
Ontem, Lula confirmou a indicação do senador Alexandre Silveira (PSD-MG) como novo ministro de Minas e Energia (MME) a partir de 2023. O político integrou o grupo de infraestrutura do Governo de Transição, e relatou a PEC da Transição na Comissão de Constituição e Justiça do Senado – casa para a qual não foi reeleito na disputa eleitoral deste ano.