A Taesa informou que participará do próximo leilão de transmissão, marcado para junho de 2023, e que está avaliando possíveis parcerias no certame para disputar os lotes de maior porte. A presença foi apontada pelo CEO da companhia, André Moreira, durante teleconferência de resultados com analistas e investidores.
“O leilão de junho é extremamente importante. Estamos falando de um investimento da ordem de R$ 16 bilhões, divididos em nove lotes. Estamos avaliando todos esses lotes, entretanto, neste momento, não temos uma definição clara de participação, e avaliamos possíveis parcerias dada a robustez e tamanho dos lotes. Ainda não temos essa definição fechada, mas pode contar com a participação da Taesa, sim”, disse André Augusto Telles Moreira, CEO da transmissora.
Em janeiro, a Taesa informou às autoridades sobre “tentativa de ato de sabotagem” em uma torre de transmissão localizada em Rio das Pedras, interior de São Paulo, na linha Assis-Sumaré. Segundo Cristiano Grangeiro, gerente-executivo de Relações com Investidos da Taesa, o caso está sendo tratado como “infortúnio e alheio à companhia”.
Subsidiária ESTE
A Empresa Sudeste de Transmissão de Energia (ESTE), subsidiária da Taesa, recebeu o termo de liberação definitivo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para o início da operação comercial de suas instalações de transmissão.
Com uma receita anual permitida (RAP) total de R$ 149 milhões para o ciclo 2022-2023, a ESTE desenvolve instalações localizadas entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, compreendendo uma linha de transmissão de 500 kV Mesquita – João Neiva 2, com cerca de 236 quilômetros de extensão, e uma subestação de 500/345 kV, a João Neiva 2.
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4T22 Taesa
A transmissora teve lucro líquido regulatório de R$ 386,7 milhões no quarto trimestre de 2022, alta de 266,7% na comparação com igual etapa do ano anterior. Cristiano Grangeiro, informou que o lucro foi impulsionado, principalmente, pela entrada em operação de projetos no último ano.
Entre os empreendimentos entregues pela companhia em 2022 estão: Janaúba, com RAP de R$ 257,6 milhões; Sant’Ana, RAP parcial de R$ 43 milhões; Paraguaçu, com RAP de R$ 78,6 milhões; ESTE, com RAP de R$ 74,5 milhões; e Aimorés, com RAP de R$ 52,7 milhões.
Em relação aos cálculos, de acordo com os padrões contáveis internacionais (IFRS), o lucro líquido no período chegou aos R$ 22,8 milhões, queda de 94,6%, e refletindo o IGPM e IPCA menor entre os períodos comparados. O reflexo foi negativo para a receita de correção monetária dos ativos de transmissão, e da redução da margem de implementação de infraestrutura, à medida que projetos em construção entraram em operação.
Ainda no período, o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) regulatório atingiu R$ 464,7 milhões, crescimento de 4%. No critério IFRS, a companhia alcançou R$ 219,4 milhões, baixa de 60%.
No acumulado de 2022, a Taesa teve um lucro líquido regulatório de R$ 1,05 bilhão, alta de 102,7%.
