O conselho de administração da Eletrobras autorizou a companhia a estruturar uma oferta ao mercado das suas ações na ISA Cteep, que representam 35,74% do capital social da transmissora.
A Eletrobras ainda avalia o melhor formato para a oferta, como venda direta em bolsa, “block trade”(jargão do mercado financeiro para venda de ações em bloco, como um leilão de um grande lote de ações), troca de ativos, entre outros. Para isso, a empresa contratou os bancos Citigroup, Itaú BBA, Banco Safra e XP Investimentos.
No fato relevante divulgado ao mercado sobre o negócio, a Eletrobras informa que o movimento faz parte da estratégia de desinvestimento em ativos não estratégicos, como ocorreu recentemente no acordo com a Neoenergia e no anúncio de venda de usinas térmicas.
Ontem, 31 de outubro, a ISA Cteep fez uma teleconferência para comentar os resultados do terceiro trimestre, quando Rui Chammas, presidente da empresa, foi questionado sobre a possível venda da participação da Eletrobras. “É uma decisão da acionista que não nos cabe comentar”, disse o executivo.
A Eletrobras tem 9,73% das ações ordinárias da Cteep (TRPL3), com direito a voto, e 52,48% das ações preferenciais (TRPL4). O principal acionista da companhia é a colombiana ISA, que tem 89,5% das ações ordinárias e 1,28% das preferenciais, com uma participação total de 35,82% no capital da empresa. Considerando os valores de fechamento das ações da ISA Cteep do pregão de terça-feira, 31 de outubro, a fatia da Eletrobras na empresa vale cerca de R$ 5,2 bilhões.
