A Light protocolou na Justiça um aditamento ao seu plano de recuperação judicial apresentado em julho do ano passado, no qual prevê aporte de até R$ 1,5 bilhão no caixa da empresa, sendo R$ 1 bilhão pelos acionistas de referência.
O preço de conversão será equivalente à média de 60 dias de cotações anteriores à apresentação do plano, uma mudança em relação ao plano anterior, que previa a média de 45 dias. Ainda assim, o preço será superior ao defendido por credores, que queriam usar a média de negociação dos 360 dias anteriores ao plano, com desconto de 15%.
O aditamento elimina a possibilidade de desconto na dívida dos credores (haircut, no jargão do mercado financeiro), e prevê diferentes formas de adesão aos credores, que poderão converter até 40% dos seus créditos em ações, por meio de debêntures conversíveis.
A conversão de ações em dívida é limitada a R$ 2,2 bilhões, e o restante dos créditos terá remuneração de IPCA mais 4%, com amortização em oito anos.
Os credores que não aceitarem converter parte da dívida em ações poderão receber em 12 anos, ou em 10 anos, caso se enquadre na categoria de “credor apoiador financeiro” – condicionado à disponibilização de linhas de derivativos cambial e juros para a Light.
Aqueles com créditos de até R$ 30 mil receberão pagamento integral, em 90 dias após a homologação do plano. Segundo a Light, essa medida vai permitir o pagamento de 28 mil credores, ou 60% do total de pessoas que têm debêntures.
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