A Petrobras e a fabricante de fertilizantes Yara assinaram um memorando de entendimento (MoU, na sigla em inglês) sobre potenciais parcerias de negócios para iniciativas locais no segmento de fertilizantes, produção de produtos industriais e descarbonização da produção. O acordo tem caráter não-vinculante.
Em nota, a Petrobras avalia que o MoU está alinhado ao Plano Estratégico 2024-2028, que tem como objetivo posicionar a Petrobras no contexto de transição energética. Entre as estratégias, o plano estabelece o retorno da companhia ao negócio de fertilizantes.
Em novembro, durante a apresentação do Plano Estratégico 2024-2028, a Petrobras explicou que o retorno ao negócio de fertilizantes é importante para a transição energética da companhia, pois viabiliza a produção de amônia verde e hidrogênio verde.
A estatal tem quatro plantas de fertilizantes. Duas estão arrendadas para a Proquigel e celebraram contrato de tolling com a Petrobras. Este contrato está sendo avaliado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que vê indícios de falhas de governança e de análise de risco.
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As outras duas plantas da estatal estão em hibernação. Uma delas, a Araucária Nitrogenados (Ansa), no Paraná, deve voltar a operar no segundo semestre de 2024. A fábrica de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, que ainda não entrou em operação, deve ter suas obras concluídas.
Ações da Petrobras caem após Prates mencionar “cautela” na distribuição de dividendos
Em entrevista à Bloomberg nesta quarta-feira, 28 de fevereiro, o presidente da Petrobras, Jean paul Prates, avaliou que a companhia deve ser mais “cautelosa” na distribuição de dividendos, em função do processo de transição energética da empresa.
“Os acionistas vão entender”, disse Prates. Mas não foi esta a reação do mercado: as ações da companhia caíram mais de 5% após a declaração.
Com isto, a companhia soltou comunicado esclarecendo que “não há qualquer decisão tomada em relação à distribuição de dividendos ainda não declarados”.
A Petrobras deve informar os resultados do último trimestre de 2023 na próxima quinta-feira, 7 de março. As decisões sobre dividendos serão tomadas com base na nova política de remuneração aos acionistas, aprovada pelo Conselho de Administração da empresa em julho de 2023, e em seguida aprovadas na Assembleia Geral Ordinária marcada para 25 de abril.