Exploração de recursos

Proposta prevê compensação financeira de eólicas e solares por uso de solo

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados vai analisar um projeto de lei que propõe a cobrança de uma compensação financeira de 7% do valor da energia produzida por usinas eólicas e solares fotovoltaicas a ser paga aos estados, ao Distrito Federal, aos municípios e aos órgãos da administração direta da União. O PL 3864/23 recebeu parecer pela rejeição do relator, deputado Gabriel Nunes (PSD-BA), e aguarda votação na Comissão, que será a primeira a analisá-lo.

Turbinas eólicas e placas fotovoltaicas
Eólicas e solares/Crédito: 2W Ecobank

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados vai analisar um projeto de lei que propõe a cobrança de uma compensação financeira de 7% do valor da energia produzida por usinas eólicas e solares fotovoltaicas a ser paga aos estados, ao Distrito Federal, aos municípios e aos órgãos da administração direta da União. O PL 3864/23 recebeu parecer pela rejeição do relator, deputado Gabriel Nunes (PSD-BA), e aguarda votação na Comissão, que será a primeira a analisá-lo.

Na justifica da proposta, o autor, deputado João Carlos Bacelar Batista (PV-BA), as áreas de instalação de usinas estão causando o “deslocamento econômico, representa frustração de receitas fiscais para estados e municípios”, já que anteriormente seu uso era destinado a outras atividades produtivas.

“Entendemos que, além de conceder segurança energética, essas fontes têm contribuído para o deslocamento da geração termelétrica, permitindo que o Brasil permaneça com uma das matrizes elétricas mais limpas do mundo, mesmo com o decréscimo da participação percentual da energia hidrelétrica. No entanto, a exploração desses recursos naturais tem representado um impacto sobre o meio ambiente e o espaço territorial”, justificou Bacelar no PL.

O deputado ainda destacou que a instalação de geradores eólicos e solares são responsáveis por “mudanças expressivas” na paisagem brasileira e os geradores devem contribuir de forma proporcional com os custos sociais e ambientais associados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

“Centenas de milhares de painéis fotovoltaicos são instalados todos os anos, formando planícies inteiras de silício pelos sertões do país. Quanto à geração eólica, a instalação das turbinas em regiões habitáveis tem sido responsável por movimentos migratórios relevantes, considerando o incômodo ambiental representado pelo ruído inerente ao funcionamento dos geradores. Portanto, é justo que os agentes que se beneficiam economicamente dessa exploração contribuam de forma proporcional para os custos sociais e ambientais associados”, diz o autor da proposta.

Hoje, a legislação do setor elétrico só prevê o pagamento de compensação financeira pelas usinas hidrelétricas. Esse pagamento corresponde a uma indenização ao estado pela exploração de recursos hídricos.

(Com informações da Agência Câmara de notícias)

>> A distância entre o MME e a agenda do setor energia