Reservatórios

Retorno das chuvas recupera reservatórios no Sudeste; Norte atrasa

Previsão é que os níveis de energia armazenada dos reservatórios das hidrelétricas se mantenham acima dos 70%.

Retorno das chuvas recupera reservatórios no Sudeste; Norte atrasa

Com o cenário de chuvas acima da média no subsistema Sudeste/Centro-Oeste do setor elétrico no próximo verão traz boas notícias aos consumidores de energia, segundo a Climatempo, consultoria meteorológica e previsão do tempo. A previsão é que os níveis de energia armazenada dos reservatórios das hidrelétricas se mantenham acima dos 70%, apoiando o planejamento de empresas de geração, transmissão e distribuição de energia.

O retorno das chuvas intensas e frequentes em outubro e novembro na bacia hidrográfica do rio Paraná já marcaram o início positivo do período úmido, elevando os níveis dos reservatórios e aliviando os preços da energia no mercado de curto prazo, bem como a pressão sobre o sistema elétrico nacional.

É na bacia do Paraná que está a maior capacidade instalada de geração de energia elétrica do Brasil, incluindo as hidrelétricas de Itaipu, Furnas e Porto Primavera, entre outras. 

“A partir da segunda quinzena de dezembro até o fim de março, a previsão é de que as chuvas continuem fortes e intensas especialmente no subsistema Sudeste/Centro-Oeste”, afirma a meteorologista Ana Clara Marques, da vertical de Energia da Climatempo.

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Ela lembra que o início do período úmido, a partir da segunda quinzena de outubro e em novembro, foi muito favorável ao setor elétrico, pois choveu acima da média, de forma intensa e frequente, especialmente na cabeceira da bacia do rio Paraná, que inclui os rios Grande e Paranaíba.

“Isso trouxe um alívio ao sistema, pois os níveis mais baixos dos reservatórios costumam ser registrados exatamente em outubro e novembro, e possibilitou uma redução no preço da energia, do teto ao patamar mínimo, em curto espaço de tempo”, observa.

Ainda segundo Ana Clara Marques, a recuperação dos reservatórios foi muito rápida neste ano, e neste momento eles já atingiram os níveis de vazão, o que deve continuar diante da previsão de que as chuvas se manterão no próximo verão. Em comparação aos meses de outubro e novembro de 2023, quando choveu cerca de 300 milímetros na bacia do rio Paraná, já foram registrados mais de 500 milímetros neste mesmo período de 2024.

Na região Norte, que concentra cerca de 35% do potencial hidrelétrico brasileiro, está havendo um atraso do retorno das chuvas, mas a previsão é que, no verão, as precipitações voltem com maior intensidade e sejam capazes de recuperar a vazão dos rios Madeira, Xingu e Tapajós, que servem grandes usinas como Jirau, Santo Antônio e Belo Monte.