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MME abre consulta sobre seleção de áreas para eólica offshore

Eólicas offshore/ Créditos: Equinor
Parque eólico offshore Dogger Bank, da Equinor, na costa da Inglaterra.


O Ministério de Minas e Energia (MME) abriu consulta pública para receber proposta acerca da metodologia de seleção de áreas para oferta nos procedimentos de cessão de uso visando o desenvolvimento de projetos eólicos offshore no Brasil.As contribuições serão aceitas até 4 de agosto, via portal de consultas públicas da pasta e da plataforma Participa + Brasil.

A proposta foi construída com base em notas técnicas da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e da Secretaria Nacional de Transição Energética e Planejamento do MME. O objetivo da consulta é colher subsídios que aperfeiçoem a proposta metodológica antes de sua adoção definitiva. Assim, o MME busca garantir que o processo de seleção de áreas seja robusto, participativo e esteja em consonância com as diversas políticas públicas vigentes.

Segundo a pasta, a existência de uma metodologia estruturada para a seleção de áreas destinadas ao aproveitamento do potencial eólico offshore no Brasil se mostra um instrumento essencial para garantir a coerência e a efetividade do ordenamento do espaço marinho nacional, especialmente no contexto da implementação do Planejamento Espacial Marinho (PEM).

“Ao sistematizar critérios técnicos, ambientais, socioeconômicos e de uso múltiplo do mar, a metodologia permite que o processo de identificação de áreas prioritárias ocorra de forma coordenada, transparente e alinhada às diretrizes de sustentabilidade e uso racional dos recursos marinhos”, disse o MME.

Offshore no Brasil

O marco legal da eólica offshore foi sancionado em 10 de janeiro deste ano. No total, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tem mapeados 104 projetos, somando 247,35 GW em pedidos de licenciamento para geração eólica offshore apresentados desde 2019, sendo que os anos mais movimentados foram 2021 e 2022. Em 2023, a Petrobras liderou os pedidos de licenciamento, e em 2024 os processos praticamente não andaram.

O Ibama tem atualizado periodicamente a lista dos pedidos, e a última atualização data de março deste ano, com o projeto da Arpoador Consultoria Energética, de 2,79 GW, localizado no Rio Grande do Sul.